Numa certa noite, a mendiga Andreza perambulava pelas ruas de Lagoa da Italianinha quando viu que vinha em sua direção uma pessoa muito conhecida sua: era sua irmã Carla, que chegou na cidade recentemente.
Andreza ficou estarrecida, e Carla se aproximou, dizendo:
- Caramba, parece que você se entregou mesmo, né?
Andreza disse:
- O que tu quer aqui, sua bruaca?
- Calma, querida, é assim que tu recebe sua irmã querida que veio de Caruaru para morar aqui?
Andreza disse:
- Pois devia ter ido pra longe daqui!
Carla fez careta, e disse:
- Credo, Andreza, tu tá com um mau hálito da gota, tu não escova os dentes, não, é?
- Isso é pra espantar as cobras feito você.
Carla olhou Andreza de cima a baixo, dizendo:
- Andreza, tu tá podre e feia, tu nem tá a sombra daquela modelo que desfilava nas passarelas de Caruaru, viu? Ainda tá fedendo a sovaco, a urina, e a mau hálito. Tu não quer um tratamento, não?
- Tô feia, fedida, sim, e pretendo continuar assim. E tu, suma da minha vista. E volta pra Caruaru!
- Não. Eu gostei daqui e vou ficar aqui.
- Pois bem, desde que tu não dirija a palavra a mim, tu pode ficar, sua nojenta.
Carla riu e disse:
- Nojenta, eu? Tu tá fedida, podre, não to aguentando tu falar perto de mim, tua sovaqueira tá enorme, tá com uma catinga de urina, tu só mija nas calças, e a nojenta sou eu?
- Eu sou nojenta, por fora. E tu é nojenta... por dentro. Some da minha vista!
- Tá bom... mas vamos nos ver mais...
- Fora!!!!!
Carla se retirou, rindo. Andreza ficou nervosa e correu para o chafariz da praça. Enquanto isso, Carla foi conversar com Hamilton, e disse à ele:
- Parece que o golpe que demos nela fez um mal, viu? Ela tá feia, fedida, nojenta.
- Eu te disse o estado dela...
- Mas não imaginava que era tão terrível. Ela tem 46 anos, mas parece que já passou dos 70. E eu não aguentei nem ficar perto dela, tamanha a catinga.
Hamilton disse:
- Vai sentir remorso agora?
- Claro que não. Eu continuo mais linda que ela.
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