quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

O Aniversário da mendiga Uleuda

 


Uleuda, uma mendiga que vivia nas ruas de Lagoa da Italianinha desde a década de 90, estava sentada em seu lugar habitual, um canto da praça central da cidade. Ela estava com um olhar triste e distante, perdida em pensamentos.

Hoje era um dia especial para Uleuda, pois era seu aniversário. Mas não era um aniversário como os outros, pois era mais um ano que ela passaria nas ruas, sem um lar, sem uma família, sem nada.

Uleuda lembrava-se da época em que ainda tinha um lar, uma família e um trabalho. Ela era uma pessoa feliz e realizada, mas tudo mudou quando ela perdeu seu emprego. Ela não conseguiu mais pagar o aluguel e foi despejada de sua casa.

Desde então, Uleuda vivia nas ruas, dependendo da caridade dos outros para sobreviver. Ela estava acostumada com a vida nas ruas, mas ainda sentia uma dor profunda por tudo o que havia perdido.

Enquanto Uleuda estava sentada na praça, algumas pessoas passaram por ela e lhe deram alguns trocados. Ela agradeceu com um sorriso triste e continuou a olhar para o chão.

De repente, uma mulher se aproximou dela e lhe disse: "Feliz aniversário, Uleuda!". A mulher era uma voluntária de uma organização que ajudava os sem-teto da cidade.

Uleuda olhou para a mulher com surpresa e disse: "Como você sabia que hoje é meu aniversário?". A mulher sorriu e disse: "Nós temos um registro de todos os sem-teto da cidade e sabemos que hoje é seu aniversário".

A mulher então lhe deu um pequeno presente, um buquê de flores e um bolo. Uleuda ficou emocionada e começou a chorar. Ela não esperava que alguém se lembrasse de seu aniversário, especialmente não nas ruas.

A mulher então lhe disse: "Nós não podemos esquecer de você, Uleuda. Você é uma pessoa especial e merece ser lembrada". Uleuda sorriu e disse: "Obrigada, isso significa muito para mim".

E assim, Uleuda passou o resto do dia com um sorriso no rosto, sabendo que ainda havia pessoas que se importavam com ela. Ela continuou a viver nas ruas, mas agora sabia que não estava sozinha.

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