quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Vitória atrai a atenção de um forasteiro

 

Irmã de Valdenes, a jovem Vitória foi para uma lanchonete no shopping que foi inaugurado e por ali ficou. Mesmo sem ter muito dinheiro, quis ir para uma lanchonete de luxo. Mesmo descalça, a deixaram entrar. E ela ficou por ali, olhando o movimento. 

Vitória observava um rapaz que estava sentado em uma mesa. Ele a olhava com atenção. Vitória imaginava:

"Se ele está em uma lanchonete dessa, ele é rico, com certeza". 

O rapaz se aproximou dela e disse:

- Você está sozinha?

- Sim, estou.

- Bom saber, acho que podemos conversar. Você é muito bonita. 

- Muito obrigada, viu? 

- Vamos ali em uma loja de calçados, te compro sapatos. 

Vitória disse:

- Eita, me perdoe, mas não uso calçados... é meu jeito mesmo. Espero que isso não estrague seu encanto. 

- Claro que não, é bom que economiza meu dinheiro...

- O senhor é de onde?

- Sou neto de barão, estou por aqui conhecendo a cidade. 

- Que bom.

- E você é de onde?

Vitória disse, mentindo:

- Meu pai é dono de uma loja daqui do shopping. 

- Hum, gostaria de conhecê-lo. 

- Bom, ele não vive por aqui, ele manda de longe. 

Uma mulher apareceu por ali, e disse:

- Finalmente te peguei, seu cabra safado. 

- O que é isso, mulher? 

Vitória disse:

- Quem é essa mulher?

- Eu sou a esposa dele! 

- Esposa????? Tu dissesse que é neto de barão...

O homem ia falar, mas a esposa disse:

- Isso é um pé rapado, mulher igual a tu, que nem dinheiro pra comprar calçado parece que tu tem...

- Eu ando descalça porque gosto! - disse Vitória. 

- Mas esse cabra safado vive mentindo para as mulheres dizendo que é rico. Vamos embora, pilantra, que tem muito que me explicar. 

- Calma, mulher, calma!

O homem saiu dali, com a esposa, e Vitória disse:

- Ô mundo cruel, nem pude falar mal dele porque ele mentiu, eu também menti...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Suellia passeia por Vitoriana

Em Vitoriana, no século I, a madame Suellia, conhecida pelo seu jeito peculiar, sendo ela careca, era respeitada e temida na sociedade desta...