domingo, 7 de dezembro de 2025

Fábia é investigada por dois pesquisadores


Num certo domingo, dois pesquisadores foram a Lagoa da Italianinha conhecer pessoalmente a mendiga Fábia. Chegara para eles a notícia que ela tem aparência de adolescente, mesmo tendo 46 anos. O pesquisador era de Caruaru, e a pesquisadora, de Limoeiro. 

Marcaram encontro em Gravatá e foram para Lagoa da Italianinha. Procuraram pela mendiga e a encontraram na rodoviária. Eles a levaram de carro para um outro local, onde poderiam conversar em particular. 

O homem perguntou:

- Moça, tu tem uma aparência de 18 anos, mas quantos anos tu tem?

- Eu tenho 46, me chamo Fábia Rejane e nasci em 1979. 

- Não pode ser, eu e ele somos mais novos que você? - disse a mulher - mas tu vive nas ruas faz quanto tempo? Talvez seja pouco...

- Vivo nas ruas desde os 16 anos, desde 1995. 

Eles ficaram pasmos. O homem disse:

- Mas como é possível? 

Fábia disse:

- Oxe, e pra eu ser mendiga, eu tenho que ser feia, desdentada, fedorenta e com cara de velha? 

- Olha, aqui nessa cidade, tem outra mendiga que eu conheço, se chama Andreza, ela é de Caruaru, e ela tem só um ano a mais que você, ela tem 47 anos, mas tem aparência de ser sua mãe, e não uma provável irmã. 

- Ah, mas Andreza se entregou, mesmo. 

- Tu fuma ou bebe? - perguntou a mulher. 

- Não, não fumo e nem bebo. 

A mulher examinou o rosto de Fábia, seus dentes, e ficou surpresa ao ver que ela tinha todos os dentes na boca, e aparentemente estava bem fisicamente, além de ter poucos cabelos brancos, o que seria bem normal na sua idade. A pesquisadora disse:

- Talvez o fato de você não beber nem fumar te ajude, mas não seria o suficiente pra você ter essa aparência. Veja, seus cabelos... tem poquíssimos cabelos brancos. 

Conversaram mais tempo com Fábia, e depois, a liberaram no centro da cidade. O homem disse:

- Eu tô achando que ela é uma golpista, que se finge ser moradora de rua. Não é possível que ela na vida que leva, ter uma aparência dessa. 

- Vamos saber disso na delegacia. 

Chegando na delegacia, mais uma surpresa: o delegado Oliveira e os policiais Júnior e Ana Clécia confirmaram que Fábia não tem casa nem família e realmente vive nas ruas. Pasmos, ele voltou para Caruaru e ela para Limoeiro sem uma resposta convincente. 

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