terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Regina abriga Jacilene em sua casa

 

Durante alguns anos, a pianista Regina, a dama de Vila Rica, abrigou a francesa Jacilene em sua casa. Esta era sua segunda casa na cidade mineira, depois de ter vindo da França. 

Jacilene viveu na casa da Sinhá Adriana entre 1782 e 1792, exatamente dez anos. Mas os conflitos da francesa, que tinha ideias iluministas, com a ultraconservadora Sinhá Adriana fez com que as duas entrassem em rota de colisão permanente. Além do mais, a filha de Sinhá Adriana, Mariana, nunca confiou em Jacilene, que inclusive, protegia Gilmara, a escrava de Sinhá Adriana, que sofria muitos maus tratos. 

A gota d'água foi quando Jacilene ajudou Gilmara a fugir. Quando a escrava foi recapturada, Jacilene confessou que tinha ajudado-a a fugir, o que a fez levar chicotadas no tronco ao lado da escrava fugitiva. Sinhá Adriana deu apenas três dias para Jacilene deixar sua casa. Sinhá Adriana pretendia também matar Jacilene, mas deixou-a viva por consideração ao seu irmão, que morava na França, que tinha indicado a francesa para morar com ela dez anos antes. 

Regina, ao saber do que tinha acontecido, convidou a francesa para ir morar com ela pelo tempo que fosse necessário. As duas tinham desenvolvido uma forte amizade, de modo que Regina enxergava Jacilene como uma filha, enquanto Jacilene tinha Regina como uma segunda mãe. Jacilene não queria incomodar Regina, mas acabou aceitando o convite. 

Jacilene permaneceu morando na casa de Regina até o fim da década, quando se casou com um pernambucano e foi morar em Pernambuco, onde passaria o resto de sua vida. 

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