Rompendo Distâncias: Wéllia reclama dos amigos de Malu

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Wéllia reclama dos amigos de Malu

Numa certa manhã, na rodoviária de Lagoa da Italianinha, estavam Malu, Valdenes e Marcella, conversando, quando apareceu Wéllia, a irmã gêmea de Malu, que não aceitava vê-la com "pobres". Wéllia disse:

- Malu, tu não tem juízo mesmo, andando com essa pobraiada ridícula, esse imbecil do pé sujo e essa vendedora de comidas.

Malu disse:

- Larga a mão de ser desagradável, Wéllia, tu pensa que porque tu está com roupas limpas e sapatos tu é melhor que nós, é?

- Claro que sou.

Valdenes disse:

- Mas quando vou fazer necessidades, uso o banheiro.

Wéllia disse:

- O que tu quer dizer com isso, maluco?

- Nada, nada demais.

Malu disse:

- Vá embora, Wéllia, que é o melhor que tu faz!

- Eu vou. Pra não me contaminar com essa gentinha!

Marcella disse:

- Tu se acha muita coisa, Wéllia. Mas pelo menos, durmo a cabeça no travesseiro e durmo com a consciência tranquila.

- Grande porcaria. De que adianta ter consciência tranquila e viver de bolso vazio?

Wéllia saiu dali, e Malu disse:

- Desculpem pela minha irmã, ela é desagradável.

Marcella disse:

- Valdenes, o que tu quis dizer quando tu disse que usa o banheiro pra fazer necessidades?

- Wéllia é uma amostrada, ela exibe pose de madame ricaça poderosa e limpa, mas pergunta ao Horácio que foi casado com ela, que tu vai saber que até a mendiga Esvalda, perto dela, é limpa!

- Oxe, misericórdia. - disse Marcella.

Malu disse:

- Deixa pra lá, Valdenes...

- Deixa pra lá, nada. Não aguento ver sua irmã humilhando pessoas feito a gente. Tem que passar a verdade na cara dela, mesmo!

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RESUMO DA HISTÓRIA

Resumo das histórias de Rompendo Distâncias: Em uma pacata tarde no ano de 1776, têm início as histórias da série, com a chegada da jovem Brenda em Vila Rica. Nesse contexto, a história é ambientada nesse período, passando pelos períodos históricos da Independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa, Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana e Revolução Pernambucana. Além de personagens brasileiros, a francesa Jacilene e o americano Wrialle, vindo de países que passavam por transformações na época, se destacam na história. Brenda foi morar em Fortaleza, enquanto Jacilene foi para o interior de Pernambuco, onde seria fundada Vila Dourada. Na segunda fase, já muito depois da Independência do Brasil, o barão Almir, neto de Brenda, tem uma de suas filhas, a abolicionista Alvanir, como destaque no período. As histórias desse período são ambientadas entre 1865 e 1875, retratando o movimento abolicionista e a segunda fase do Império Brasileiro, bem como o surgimento do Partido Republicano. Na terceira fase, ambientada no município de Vila Dourada, Mônica, a filha de Alvanir, vive no sítio Maniçoba, para onde sua mãe tinha se mudado já na velhice. Nesse sítio no agreste de Pernambuco, viriam morar estrangeiros: uma alemã, a Inalda, veio morar ainda na década de 20; depois, chegaram duas famílias de italianos e mais uma cantora portuguesa. Nesse tempo, houve até disputa por posse de terras entre duas famílias, a de um coronel cearense (sobrinho de Mônica) e de um imigrante italiano, além de amor proibido entre os membros de duas famílias. Um dos moradores do sítio, Antônio Neto, filho de Mônica, foi chamado para a FEB quando o Brasil entrou na guerra. Esse período retrata a Era Vargas, Cangaço no Nordeste e Segunda Guerra Mundial. Na fase atual, o antigo sítio Maniçoba é a atual cidade de Lagoa da Italianinha, que ficaria no agreste meridional de Pernambuco, que se emancipara de Vila Dourada em 1963. Nesta turística cidade, as culturas nordestina e italiana andam lado a lado, além de presenças minoritárias das culturas alemã e portuguesa. Vila Dourada, por sua vez, herdou um toque francês de Jacilene, uma das fundadoras, e assim temos muitas aventuras.