domingo, 31 de março de 2024

Más lembranças

 

Em Lagoa da Italianinha, alguns dos moradores se lembram do golpe militar que aconteceu no Brasil em 1964, e as lembranças são geralmente tristes. O deputado estadual Moab, filho de um prefeito que apoiou o regime, chegou a dizer em uma entrevista que "aquele era outro contexto histórico, que se fosse hoje, jamais apoiaria". 

A vereadora Maria Isabel é outra que não nutre boas lembranças da época, pois sua mãe, Lídia, foi morta misteriosamente em 1974, em um crime até hoje não esclarecido. Na época, se falou que o crime foi passional, mas Maria Isabel lembra que sua mãe era feminista, e tinha feito muitos inimigos com suas atitudes, uma delas, "cagar" em cima de uma foto do coronel Pontes Florêncio, pai de Moab e aliado do regime, durante a campanha de 1968, na qual ele perdeu para o italiano Arthur. 

Até a beata conservadora Leda não nutre boas lembranças da época. Apesar dela dizer que o Brasil tinha ordem e progredia, ela se lembra que sua mãe, a camponesa Maria Clara, chegou a ser presa pelo regime, e passou alguns dias no cárcere, até ser libertada pelo marido, o italiano Fausto. A saúde de Maria Clara depois do episódio ocorrido em 1973 nunca mais foi a mesma. Maria Clara tinha na época 55 anos e foi acusada de esconder comunistas em sua casa. 

Mas em Lagoa da Italianinha, há quem fale que o tempo do regime era bom, e que havia ordem e progresso, e criticam o regime democrático atual. Pode ser ficção nesta história, mas é realidade mesmo no Brasil...


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