quarta-feira, 22 de maio de 2024

A mendiga Alana


 Numa certa tarde, no Terminal Rodoviário de Lagoa da Italianinha, apareceu uma jovem maltrapilha e descalça, chamada Alana, pedindo café na lanchonete de Marlene. Ela olhou e disse:

- De onde tu vem, moça? 

- Eu estou aqui há alguns dias. 

- Qual seu nome e de onde tu é?

- Eu me chamo Alana e não tenho casa, eu moro pelas ruas , mesmo...

- Aqui na cidade tem umas pessoas que vivem assim feito você nas ruas... 

- Sim, eu sei... Não tenho casa, família... Sou solitária mesmo. Mas tenho meus amigos. 

- Sei...

Alana tomou um café e Marlene disse:

- Você já almoçou hoje?

-  Não...

- Sente-se faça um lanche. 

- Mas eu só tinha dinheiro pro café...

- Deixe de coisa, sou eu quem tô mandando, eu sou a dona aqui. Pode sentar.

Alana se sentou e Marlene lhe serviu um lanche. Depois, Alana se levantou e foi andar pela rodoviária. Por ali passaram os amigos Eraldo e Valdenes, e Alana chegou a pedir esmolas pra eles. Quando ela se afastou, Eraldo disse:

- Tu conhece ela?

- Eraldo, acho que ela é nova na cidade. Mas eu a vi dormindo na calçada justamente da sua escola de música domingo passado.

Enquanto isso, Alana foi para a praça.

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