Numa certa tarde, no Terminal Rodoviário de Lagoa da Italianinha, apareceu uma jovem maltrapilha e descalça, chamada Alana, pedindo café na lanchonete de Marlene. Ela olhou e disse:
- De onde tu vem, moça?
- Eu estou aqui há alguns dias.
- Qual seu nome e de onde tu é?
- Eu me chamo Alana e não tenho casa, eu moro pelas ruas , mesmo...
- Aqui na cidade tem umas pessoas que vivem assim feito você nas ruas...
- Sim, eu sei... Não tenho casa, família... Sou solitária mesmo. Mas tenho meus amigos.
- Sei...
Alana tomou um café e Marlene disse:
- Você já almoçou hoje?
- Não...
- Sente-se faça um lanche.
- Mas eu só tinha dinheiro pro café...
- Deixe de coisa, sou eu quem tô mandando, eu sou a dona aqui. Pode sentar.
Alana se sentou e Marlene lhe serviu um lanche. Depois, Alana se levantou e foi andar pela rodoviária. Por ali passaram os amigos Eraldo e Valdenes, e Alana chegou a pedir esmolas pra eles. Quando ela se afastou, Eraldo disse:
- Tu conhece ela?
- Eraldo, acho que ela é nova na cidade. Mas eu a vi dormindo na calçada justamente da sua escola de música domingo passado.
Enquanto isso, Alana foi para a praça.
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