Entre meados de 1944 e começo de 1945, Antônio Neto, que é neto de Alvanir, filho de Mônica e avô de Valdenes, viveu os meses mais terríveis em sua vida. Convocado pela Força Expedicionária Brasileira para representar o Brasil na batalha na Itália, o jovem teve que largar sua vida simples no interior de Pernambuco por alguns meses para ir para os campos de batalha. Trocou a enxada pela metralhadora, deixou de ter a sensação de andar descalço nos campos para ir usar botas grandes em ruas ou campos destruídos por bombas.
Quando Antônio Neto saiu de Recife e desembarcou em Nápoles, se dirigiu direto para a Toscana, onde conheceu outros pracinhas brasileiros: Gabriel, que era de Minas Gerais, Mateus, que era do Rio Grande do Sul, Rodrigo, do Rio Grande do Norte, Fabrício, do Rio de Janeiro, Rubens, do Pará, e Juarez, de Goiás.
Antônio Neto temia morrer na guerra, mas mesmo assim, lutava bravamente, destruindo acampamentos alemães. Quem o acompanhou também nessa mesma luta foi o militar americano Ellyson, que dava instruções aos brasileiros.
Se os meses na guerra foram só terror, mas houve uma parte boa para o jovem: conhecer a bela italiana Roberta, com quem ele se casaria e formaria uma família depois de sua volta ao Brasil. Ainda hoje, aos 100 anos, Antônio Neto se relembra desses meses difíceis na guerra, sendo que dos amigos, dois não voltariam vivos: Rubens e Juarez.

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