Sob o véu cinzento do céu tempestuoso numa tarde de 1946, Maria Clara, a camponesa descalça, encontrou-se com Fausto, o soldado italiano, em um campo florido que logo seria banhado pela chuva. O ar estava carregado com a promessa de um dilúvio, mas também com a doçura de um momento que se aproximava
Ela, com os pés na terra, sentia cada gota que começava a cair,
Ele, em sua farda, carregava o peso do mundo e o desejo de sorrir.
O olhar deles se encontrou, e tudo ao redor pareceu desvanecer,
Era apenas Maria Clara e Fausto, e o destino a acontecer.
A chuva então desceu, como cortinas a revelar o ato final,
E entre os pingos que dançavam, eles compartilharam algo sem igual.
Um beijo na chuva, terno e doce, selando um amor tão puro,
Que mesmo a tempestade ao redor, não pôde deixar escuro.
E assim, naquele instante, o tempo pareceu parar,
Para Maria Clara, a camponesa, e Fausto, que veio do mar.
Um beijo que prometia mais que paixão, mas um amanhã a construir,
Na chuva, eles se prometeram, juntos, sempre seguir.
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