Mary Anna, uma jovem que vive na sarjeta, tem o desejo de vingança contra Moab, o deputado estadual que ela alega ser seu pai. Ela foi viver no esgoto com as malvadas Tatiane e Cybhia, e ali, costuma tramar seus planos malignos.
Ela, que exala um mau cheiro e se alimenta de baratas, sendo ela exposta a doenças e ao perigo, costuma perambular pelas ruas da cidade, e algumas vezes, vai até a rodoviária.
Certo dia, ela foi na lanchonete de Quitéria, e pediu seu cardápio favorito:
- Tu tem baratas?
Quitéria, assustada, disse:
- Eca, nojenta, eu limpo bem meu estabelecimento, viu?
- Tá certo...
Quitéria disse:
- Deixe eu te perguntar uma coisa. Tu não tem medo de ficar doente, não? Tu dentro do bueiro, exposta ao perigo de tudo que não presta?
- Tem coisa muito pior que eu faço do que comer insetos ou morar no bueiro.
- O que?
- Odiar. Isso é muito mais maléfico. E eu estou exposta a esse perigo maior.
- E por que tu não perdoa?
- Olha, não vem com esses papos, não, viu? Já que tu não tem barata, me dê um cigarro, ao menos.
Quitéria deu um cigarro e Mary Anna pagou. Ela saiu dali e entrou no bueiro mais próximo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário