O ano era 1925 e Alvanir tinha 80 anos de idade. Já viúva, morava em uma casa no sítio Maniçoba, no interior de Pernambuco, com uma de suas três filhas, Mônica, que gerou nesse ano o seu filho Antônio Neto.
Mesmo limitada pela idade, Alvanir ainda demonstrava força. Ela, que trouxera seu piano de Fortaleza, costumava ficar tocando piano. Nessa época, a alemã Inalda, que já morava ali, costumava visitar a idosa.
Suas outras duas filhas, Lucinha e Olívia, também viviam em Pernambuco. Lucinha morava no Recife e Olívia vivia em Vila Dourada, município ao qual o sítio Maniçoba, atual Lagoa da Italianinha, pertencia.
Nesse ano, Mônica, aos 45 anos, deu a luz ao seu filho Antônio Neto. Alvanir, mesmo fraca, teve força para pegar a criança em seus braços e dizer:
- Esse menino ainda será um grande guerreiro.
Mal sabia ela que era uma profecia. Em 1944, aos 19 anos, Antônio Neto foi convocado para combater na Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial, e Mônica, arrasada com a convocação do filho, lembrou das palavras de sua mãe. Ele passou alguns meses no norte da Itália e conseguiu voltar com vida para sua terra.

Nenhum comentário:
Postar um comentário