Gilmara protegida por Jacilene

 

O ano era 1785 e como se sabe, na época, o Brasil era colônia de Portugal e ainda havia escravidão. Gilmara, a escrava da Sinhá Adriana, sofria muitos maus tratos da dona, mas ela conseguiu nessa ocasião arrumar uma protetora: a francesa Jacilene, que muitas vezes convenceu Sinhá Adriana a não bater na escrava, ou quando o castigo era irreversível, ao menos amenizasse. 

Em 1785, Gilmara já tinha 55 anos e começava a sentir o peso da idade. Seu pai, Gilberto, já de idade avançada, estava como alforriado na casa de Regina, que realizava várias tentativas de libertar Gilmara, sem sucesso. 

A relação de Jacilene com a Sinhá Adriana acabou se deteriorando por conta dessa grande proteção, e de outras razões. Jacilene chegou até mesmo a ser castigada no tronco com Gilmara em 1792 por ter tentado ajudar Gilmara a fugir, sendo que ela foi capturada novamente. 

Gilmara deixou a casa de Sinhá Adriana em 1792, e Gilmara foi alforriada em 1794, já aos 64 anos.