O ano era 1776. Uma jovem de apenas 26 anos, chamada Brenda, no interior de Minas Gerais, saiu com uma bolsa na mão e tomava destino ignorado pelas estradas mineiras. Porém, ela tinha intenção de ir para Vila Rica.
No meio do caminho, um homem de carroça passou por ela e perguntou:
- Para onde está indo, moça?
- Pra canto nenhum, moço, não se importe. - disse Brenda.
O homem insistiu:
- Por favor, não tenha medo. Estou indo pra Vila Rica, quer ir pra lá?
Brenda acabou aceitando. O homem se apresentou como Jessé, que vivia em Vila Rica. Os dois chegaram ali e Brenda se encantou pela cidade e pelo movimento. A agitação tomava conta ali, pois tinha acabado de chegar a notícia da Independência dos Estados Unidos da América, o que poderia ser uma influência para uma futura independência brasileira.
Brenda passou a vender comidas para sobreviver. Nos anos seguintes, adotou Thomas como filho adotivo após ele ter ficado órfão, e fez amizade com a francesa Jacilene. Anos mais tarde, Brenda se casou e foi para Fortaleza, no Ceará, onde passou o resto de sua vida.
O neto dela foi o barão Almir, pai de Aline, Alvanir, Aurineide e Daniel. Aline foi morar na Itália, e alguns de seus descendentes viriam a fundar Lagoa da Italianha em Pernambuco. Já Alvanir foi a mãe de Mônica, que foi a mãe de Antônio Neto, pracinha que lutou na Segunda Guerra Mundial e avô de alguma pessoas de Lagoa da Italianinha, como Kátia e Valdenes. E Aurineide viria a ser a avó do Coronel Jefferson, que era avô do deputado estadual Moab. Daniel também fez história nessa cidade. Devido a isso, Brenda foi apelidada de "mãe de Lagoa da Italianinha".

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