No dia 15 de novembro de 1889, caía a Monarquia no Brasil e a República era proclamada. O Brasil deixaria de ser governado por imperadores vitalícios e hereditários e passaria a ser governado por presidentes eleitos pelo voto popular por um período determinado de tempo.
Alvanir, a jovem abolicionista, não recebeu a notícia com entusiasmo. Ela era monarquista e achava que a República traria problemas ao Brasil. Nessa época, Alvanir era casada com o ex-escravo Antônio - que discordava da esposa nesse ponto e era republicano - e tinha três filhas: Lucinha, que já tinha 11 anos, Mônica, que já tinha 9 anos, e Olívia, que tinha 7 anos.
Sua irmã mais nova Aurineide já era casada e vivia em Fortaleza, enquanto sua irmã mais velha Aline morava na Itália, que era um reino na época. Daniel, o irmão caçula, tinha 29 anos. O barão Almir e a baronesa Delma, pais de Alvanir e seus irmãos, já tinham passado dos 70 anos.
Denise, a prima de Alvanir, também era casada. Já Armanda, a irmã de Denise, estava internada em um hospício acometida de uma loucura grave, depois de ter tentado matar Alvanir e sua família. Socorro, a ex-escrava, já vivia em liberdade, e já tinha quase 70 anos, e sua irmã, Adriállina, trabalhava como assalariada na casa de Alvanir.
Enquanto isso, em Pernambuco, a pequena Vila Dourada, fundada pela francesa Jacilene e por seu marido pernambucano, estava pertencendo a Serra Grande do Agreste. Nesse ano, o francês Jorge Villegagnon, descendente de Jacilene, se casava com a pernambucana Joana. No ano seguinte, em 1890, Nova Humaitá se emanciparia de Serra Grande, e Vila Dourada passaria a pertencer a Nova Humaitá, condição que duraria até 1928, quando Vila Dourada virou cidade, sendo o maior dos três municípios até 1963, quando Lagoa da Italianinha se emancipou de Vila Dourada.
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