Numa certa tarde de 1867, na mansão em Fortaleza, Armanda, a sobrinha do barão Almir, dono da casa, observava de longe a sua prima Alvanir, filha do barão, tocando piano. Desconfiando das intenções da prima, Alvanir disse:
- Por que estás de pé aí olhando?
- Por nada, prima. Posso olhar, não?
Alvanir disse:
- Tu nunca se interessou muito nas coisas que faço...
Alvanir seguiu tocando piano, mesmo sob o olhar de Armanda, que era um olhar de inveja. Ela, como era conhecido em toda Fortaleza, odiava Alvanir e queria, se possível, tomar tudo dela.
Armanda não fez nada ali porque haviam várias pessoas ali, já que era uma festa familiar. A escrava Adriállina, em dado momento, disse para Alvanir:
- Muito cuidado, senhora. Enquanto a senhora tocava piano, vi sua prima dona Armanda com olhares maldosos, senti até fogo saindo do olhar dela.
- Não se preocupe, Adriállina, eu a conheço bem. Sei me prevenir de cobras e serpentes.

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