Quando ainda não era cidade, e sim apenas o pequeno sítio Maniçoba, Lagoa da Italianinha testemunhou um amor proibido entre pessoas de duas nacionalidades diferentes que passaram sete anos se encontrando às escondidas tudo porque suas famílias nutriam ódio uma da outra.
Em 1935, o italiano Moysés chegou ali no interior de Pernambuco com sua prima Lanie e a família dela, e ali se estabeleceram. Pouco depois, ele se encantou com uma jovem que era nada menos que irmã do coronel Jefferson, vindo do Ceará. Seu nome era Nayara, mais conhecida por Naná.
Jefferson, o irmão mais velho de Naná, cuidava dela como se fosse uma filha. Devido a isso, ela era controlada por ele. E o grande problema nisso tudo era que Jefferson estava em guerra contra o imigrante italiano Jadiael, o marido de Lanie, a prima de Moysés. Se Jefferson descobrisse isso, seria fatal para o jovem italiano.
Inicialmente, Naná tentou se esquivar, mas depois, acabou correspondendo ao amor do italiano. Eles se encontraram ás escondidas na residência de Ed, o dono da venda mais famosa do sítio, que tinha amizade tanto com Jefferson quanto com Jadiael.
Mas em 1942, Naná pressionou Moysés, assumindo todos os riscos, para que ele falasse com o irmão dela. E assim, Moysés, que não queria perder sua amada, criou coragem, falou com Jadiael e foi até a residência de Jefferson, que ficou chocado ao saber que sua irmã se encontrava às escondidas com o italiano. Jadiael, entretanto, decidiu doar a parte da terra que eles estavam disputando, em troca dele permitir o casamento.
Mesmo contrariado, e pela chance de possuir as terras que estava reivindicando, ele aceitou. Moysés e Naná se casaram no cartório em Vila Dourada, ainda em 1942, em um matrimônio que foi muito comentado por ali, por eles serem de famílias inimigas.
Em Lagoa da Italianinha, atualmente, vivem vários descendentes deles, entre eles, seus netos Eraldo, Fabíola, Lidyanny e Luana.

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