Lune era sobrinha de Jorge Villegagnon - descendente direto de Jacilene -, e quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, Jorge mandou buscar Lune na França, para que ela pudesse vir morar em Vila Dourada, no interior de Pernambuco, onde o francês Jorge morava depois de se casar com a pernambucana Joana.
Depois que Jorge morreu, Lune continuou em Pernambuco. Nesse período, já depois da guerra, chega no sítio Maniçoba mais um italiano entre vários que habitavam ali. O professor Francesco veio acompanhado de sua bela filha Frannie, que estranhamente, se vestia com trajes masculinos, algo incomum para uma mulher na época.
Francesco foi contratado por Carlos, primo de Lune, para ensinar piano para ela. Mas o que era uma relação de professor e aluna acabou virando um amor. Francesco era viúvo, tendo sua esposa morrido na Itália.
Mas havia um porém: a diferença de idade entre os dois. Em 1946, Francesco tinha 62 anos, e Lune, tinha apenas 34 anos. Para se ter uma ideia, a própria filha de Francesco, Frannie, era mais velha que Lune, tendo na ocasião 39 anos.
Claro que Carlos Villegagnon não aceitou esse amor dos dois, e causou um novo conflito em uma família abalada por um outro escândalo familiar uma década antes. Mesmo contra a vontade do primo, Lune se casou com Francesco em uma cerimônia simples na igreja de Vila Dourada.
Cansados das maledicências das pessoas, eles se mudaram para Nova Humaitá, cidade próxima de Vila Dourada, onde iniciaram um projeto de dança e música para pessoas carentes. Frannie, inicialmente, foi contra o relacionamento, mas depois, tornou-se amiga inseparável de sua nova madrasta Lune. Frannie se casou pouco tempo depois com o simples agricultor Jadiel.
Francesco morreu em 1962, e Lune continuou tocando seu projeto até a morte dela em 1995. Frannie, a filha de Francesco, morreu em 1992.
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