A mendiga Esvalda costuma perambular pelas ruas de Lagoa da Italianinha, e também pela rodoviária da cidade, mas muitos não querem nem chegar perto dela por conta do mau cheiro. Ela, que não quer saber de tomar banho, usa a mesma roupa há anos e não quer sair das ruas. Esvalda cresceu no Alto do Cruzeiro, sempre foi pobre, mas largou tudo e não quer aproximação com sua família.
Uma prima de Esvalda, Dani Cruel, é uma perigosa ladra, e as duas se detestam. Esvalda ainda luta contra vícios.
Numa certa manhã, Esvalda havia dormido perto da rodoviária, e quando acordou, pegou logo um cigarro e começou a fumar. Pedia esmolas para alguns que estavam indo para uma igreja perto, mas se recusaram a dar. Ela dizia pra si mesma:
- Oxe, que adianta esse povo viver na igreja e não ajuda ninguém? Bocado de fariseu...
Deinha, uma funcionária na lanchonete de Marlene, viu Esvalda de longe e levou um café com pão pra ela.

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