quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Wéllia reclama dos amigos de Malu

 

Numa certa manhã, na rodoviária de Lagoa da Italianinha, estavam Malu, Valdenes e Marcella, conversando, quando apareceu Wéllia, a irmã gêmea de Malu, que não aceitava vê-la com "pobres". Wéllia disse:

- Malu, tu não tem juízo mesmo, andando com essa pobraiada ridícula, esse imbecil do pé sujo e essa vendedora de comidas. 

Malu disse:

- Larga a mão de ser desagradável, Wéllia, tu pensa que porque tu está com roupas limpas e sapatos tu é melhor que nós, é? 

- Claro que sou. 

Valdenes disse:

- Mas quando vou fazer necessidades, uso o banheiro. 

Wéllia disse:

- O que tu quer dizer com isso, maluco? 

- Nada, nada demais.

Malu disse:

- Vá embora, Wéllia, que é o melhor que tu faz! 

- Eu vou. Pra não me contaminar com essa gentinha!

Marcella disse:

- Tu se acha muita coisa, Wéllia. Mas pelo menos, durmo a cabeça no travesseiro e durmo com a consciência tranquila. 

- Grande porcaria. De que adianta ter consciência tranquila e viver de bolso vazio? 

Wéllia saiu dali, e Malu disse:

- Desculpem pela minha irmã, ela é desagradável. 

Marcella disse:

- Valdenes, o que tu quis dizer quando tu disse que usa o banheiro pra fazer necessidades?

- Wéllia é uma amostrada, ela exibe pose de madame ricaça poderosa e limpa, mas pergunta ao Horácio que foi casado com ela, que tu vai saber que até a mendiga Esvalda, perto dela, é limpa! 

- Oxe, misericórdia. - disse Marcella. 

Malu disse:

- Deixa pra lá, Valdenes...

- Deixa pra lá, nada. Não aguento ver sua irmã humilhando pessoas feito a gente. Tem que passar a verdade na cara dela, mesmo! 

Aventuras de Vernon


Morando em Goldenville, uma pequena cidade, Vernon, o fotógrafo, gosta de se envolver em diversas aventuras por ali. Costuma caçar tesouros e passear pelo rio, louco para capturar algumas imagens. 

Vernon, certo dia, foi para o rio, e lá entrou, tirando apenas sua mochila, e se divertindo por ali. Um homem passou por ele e perguntou:

- Doido, é? Tomando banho com roupa????

Vernon nem ligou. Depois de passar algumas horas por ali, ele tirou algumas fotos e voltou para Goldenville, onde mora sozinho. No entanto, ele é um pouco nômade, pois pode mudar de endereço com muita facilidade. 

Ele pegou o celular e contou suas aventuras para Paloma Kassandra, que mora na Filadélfia, que disse:

"Eita, tu é mais maluco do que eu". 

Vernon disse:

"Claro, eu te disse". 

A amiga dos animais

 

Em Vila Rica, a jovem Neide sempre foi reconhecida como defensora dos animais. Neide, que nasceu em 1745, viveu no meio pobre, chegando a construir sua cabana com suas próprias mãos. Vendia comida pelas ruas de Vila Rica durante algum tempo. Tinha como amigas a Brenda e a Fabiana, duas outras mulheres pobres da cidade. 

Aos mais tarde, Neide tornou-se uma madame respeitada na sociedade, e costumava cuidar de animais. No começo do século XIX, já com seus 60 anos, mantinha uma casa de adoção de animais, incluindo cães e gatos. Diferente de Brenda, que foi pro Ceará, e Fabiana, que foi para os Estados Unidos, Neide passou o resto de sua vida em Vila Rica, cidade que sempre amou. 

Na sua casa, recebia ajuda também da francesa Jacilene, que estava morando em Pernambuco, além de Regina, Glebson e Milena, três amigos que haviam permanecido em Vila Rica. 

Marcella se diverte na cachoeira

 

Num certo dia, Marcella, a jovem que vende comida pelas ruas de Lagoa da Italianinha, foi se divertir na cachoeira Sol Nascente. 

Ela foi também vender comidas ali, mas em dado momento, deixou sua cesta ali perto e mergulhou na água da cachoeira. 

Alguns a viam de longe, e conheciam. Uns diziam:

- Essa moça é pobrezinha, mas é bem corajosa. Ela é ambulante na rua da cidade. 

Quando Marcella se sentou em um local esperando suas roupas secarem, uma menina aproximou-se com um sorriso. Marcella se encantou tanto que deu um lanche pra ela. A menina disse:

- Quanto é, moça?

- Nada, pode levar. 

A menina levou a comida, agradecida. Marcella percebeu que a menina era muito pobre, e estava por ali pedindo comida e dinheiro. 

Vernon e Brielle

 

Não faz muito tempo, apareceu em Goldenville um jovem vindo da Filadélfia, chamado Vernon. Ele se interessou pelo lugar depois de conhecer a jovem Brielle, de família rica local. Vernon cresceu na Filadélfia, mas depois de uma grande decepção amorosa que teve com Briana, uma jovem que ele amava, se desencantou e quis se aventurar nesta pequena cidade. 

Vernon é fotógrafo e é primo de Paloma Kassandra, que vive na Filadélfia. Ele é descendente direto do patriota americano Wrialle, que chegou a morar em Vila Rica, no Brasil, no século XVIII depois de participar de Revolução Americana, além de ser neto de Ellyson, militar que combateu na Segunda Guerra Mundial no norte da Itália. 

Vernon marcou seu encontro com Brielle depois de uma conversa na rede social. Filha de Nevin e Valerie, Brielle não costuma sair muito de casa, ao contrário de suas irmãs mais novas Ashley e Riley. 

Vernon não perdeu tempo, e como gosta muito de aventuras, se instalou em Goldenville, onde passou a morar. Embora Nevin, o pai de Brielle, seja muito exigente, Vernon acabou fazendo amizade com ele. 

Além do mais, Vernon frequenta uma igreja protestante reformada, enquanto Brielle é de uma igreja protestante pentecostal, o que cria mais um conflito, uma vez que o pastor não permite casamento de seus membros com pessoas de outras igrejas. Vernon nutre interesse de conquistar Brielle, mas tem que superar muitos obstáculos. 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A aula da professora substituta


Um certo dia, uma professora substituta foi na sala de aula do colégio em Vitalba. Ali, estavam alguns alunos, como Ettore, Joni, Jolanda, Vitório, Raschele, Enzo, Winnie e Amália. Ela estava substituindo uma professora que estava doente. Ela percebeu Vitório descalço e disse:

- Por que estás descalço?

- Eu só vivo assim. 

Enzo disse:

- Isso é um maluco! 

- Fica quieto, Enzo. - disse Amália. 

A professora disse:

- Tá bom, tu não pode se calçar, Vitório?

- Não, os calçados estão em casa. 

- Viesse descalço pra escola?

- Vim, sim. 

A professora disse:

- Está bem, deixa pra lá. Vamos pra aula. História! 

- Eita, nessa Vitório é fera! - disse Winnie. 

- Quero só ver. Vitório, vamos falar de primeiros-ministros da Itália. Quem foi o primeiro a ocupar esse cargo e qual ano foi?

- Camillo Benso di Cavour, de março a junho de 1861. 

- Nossa, tu sabe mesmo. Me diz aí qual primeiro-ministro demorou mais tempo no cargo. 

- Benito Mussolini, 21 anos, de 1922 a 1943. 

- Responde mais essa. Qual primeiro-ministro foi o último da Monarquia e o primeiro da República? 

- Alcide de Gasperi, de 1945 a 1953. 

- Vitório, me responda, tu sabe quais foram os primeiros ministros desde o último mandato de Sílvio Berlusconi até hoje?

- Mário Montti, Enrico Letta, Matteo Renzi, Paolo Gentiloni, Giuseppe Conte, Mário Draghi e a atual, Giorgia Meloni. 

- Impressionante, garoto, tu sabe tudo, mesmo. - disse a professora. 

Raschele disse:

- Agora, em compensação, é burro em Matemática. 

- Não agita, Raschele! - disse Joni. 

Jolanda disse:

- Pergunta matemática pra Raschele, quero ver se ela é boa, mesmo. 

- De matemática, eu também sei, além de música - disse Ettore. 

A professora disse:

- Está bem, uma matéria de cada vez. Vamos ter ordem na sala, por favor...

A aula continuava. A professora disse:

- Vamos pra aula de Geografia. Quem pode responder quais países fazem fronteira com a Itália?

Vitório disse:

- França, Suíça, Áustria e Eslovênia, e ainda tem os enclaves do Vaticano e de San Marino. 

- Menino, tu sabe Geografia também? 

Jolanda disse:

- Ele desenha mapas, professora, um dia desses, desenhou o mapa da Toscana. 

A professora disse:

- Quem vê esse menino assim descalço não imagina como ele é inteligente...

O aniversário de Danúzia

 

A filha do deputado estadual Moab, Danúzia, fez mais um aniversário e convidou seus amigos da alta sociedade de Lagoa da Italianinha. A maquiavélica madame fez questão só de convidar os mais ricos. Ela não queria nem mesmo suas irmãs na festa. 

Alguns amigos também vieram de Vila Dourada, Nova Humaitá e Serra Grande do Agreste. Depois dos parabéns, Danúzia teve uma ideia inusitada: 

- Vou entrar agora na piscina, e quem quiser entrar comigo, entre. E de roupa e tudo, feito eu faço. 

- De roupa???? - perguntou uma amiga.

- Claro, sou chique até embaixo d'água!

Ela entrou, até de sapatos, e ia nadando. Alguns amigos e amigas tiveram coragem e também entraram na piscina. 

Danúzia, na água, dizia:

- Vocês estão diante da madame de Lagoa da Italianinha, a futura prefeita da cidade. 

Ela foi aplaudida por alguns amigos. Ela ainda dizia:

- Se eu for eleita, vou proibir trajes de banho, nos banhos, só pode entrar com roupa e tudo, feito eu faço!

As manifestações ali foram diferentes. Um dos amigos que estava na piscina disse:

- Ela exagerou na bebida...

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Regina abriga Jacilene em sua casa

 

Durante alguns anos, a pianista Regina, a dama de Vila Rica, abrigou a francesa Jacilene em sua casa. Esta era sua segunda casa na cidade mineira, depois de ter vindo da França. 

Jacilene viveu na casa da Sinhá Adriana entre 1782 e 1792, exatamente dez anos. Mas os conflitos da francesa, que tinha ideias iluministas, com a ultraconservadora Sinhá Adriana fez com que as duas entrassem em rota de colisão permanente. Além do mais, a filha de Sinhá Adriana, Mariana, nunca confiou em Jacilene, que inclusive, protegia Gilmara, a escrava de Sinhá Adriana, que sofria muitos maus tratos. 

A gota d'água foi quando Jacilene ajudou Gilmara a fugir. Quando a escrava foi recapturada, Jacilene confessou que tinha ajudado-a a fugir, o que a fez levar chicotadas no tronco ao lado da escrava fugitiva. Sinhá Adriana deu apenas três dias para Jacilene deixar sua casa. Sinhá Adriana pretendia também matar Jacilene, mas deixou-a viva por consideração ao seu irmão, que morava na França, que tinha indicado a francesa para morar com ela dez anos antes. 

Regina, ao saber do que tinha acontecido, convidou a francesa para ir morar com ela pelo tempo que fosse necessário. As duas tinham desenvolvido uma forte amizade, de modo que Regina enxergava Jacilene como uma filha, enquanto Jacilene tinha Regina como uma segunda mãe. Jacilene não queria incomodar Regina, mas acabou aceitando o convite. 

Jacilene permaneceu morando na casa de Regina até o fim da década, quando se casou com um pernambucano e foi morar em Pernambuco, onde passaria o resto de sua vida. 

A depressão de Sophia

 

Durante treze anos, mais precisamente entre 1862 e 1875, a bela jovem Sophia viveu a pior fase de sua vida. Ela, mesmo sendo muito rica, estava afundada em um estado depressivo. 

No ano de 1862, perdeu seu então noivo Michael, de forma trágica, tendo ele caído de um cavalo. Na realidade, a morte dele foi provocada por Tereza, a mãe de Sophia, que mandou matar o rapaz por nunca aceitar o relacionamento dele com sua filha. 

Sophia pouco saía de casa, e era tratada como "estorvo" pela sua mãe. Mesmo despertando interesse da maioria dos homens da alta sociedade de Fortaleza, Sophia nunca aceitou nenhum deles, já que nunca se desligou completamente de seu falecido noivo. 

Seu irmão Mauro e seu pai Raul tentavam ajudá-la, mas não conseguiam. De fora, o maior apoio vinha de sua amiga Alvanir. Mas Tereza conseguia destruir a filha por dentro, chamando-a de "estorvo" e acusando-a de ser "cheia de frescura". 

A morte de Raul, seu pai, em 1872, piorou ainda mais o estado de Sophia, que tirou sua própria vida se afogando no mar de Fortaleza em 1875. Era uma bonita jovem de apenas 40 anos que se recusara a aceitar a perda do grande amor de sua vida e que foi controlada com mão de ferro por aquela que deveria mais amá-la. 

Depois da morte de Sophia, Tereza foi quem caiu em depressão, até morrer em 1882. E Mauro, depois disso tudo, virou médico e foi morar em Natal, onde viveu até 1910. 

Tia Sandra nas ruas de Verona

 

Numa rua de Verona em 1936, Tia Sandra, que cresceu em uma mansão rica, estava ainda um pouco assustada com a vida nas ruas. Ela havia fugido de casa por se sentir rejeitada pela sua família. Embora ela já tenha dormido nas ruas de Verona várias vezes, foi entre os anos de 1935 e 1937 a maior sequência da Tia Sandra dormindo na rua. 

Em 1936, ela já tinha 45 anos, mas a mente de criança. Ela carregava sempre sua boneca de pano. Nessa época, fez amizade com a mendiga Ruth, que a enxergava como filha, dando-lhe o amor que sua família havia negado. Sua única parente que lhe oferecia amor era Lanie, sua sobrinha, que havia partido para o Brasil com sua família. 

Tia Sandra, porém, se adaptou logo, e costumava dormir em ruas mais desertas para não ser pega pelos seus familiares. Lanie, no Brasil, não sabia que Tia Sandra estava morando nas ruas, pois seus familiares esconderam isso dela. Apenas em 1946, quando Lanie foi mandar tirar Tia Sandra do manicômio em Milão para levá-la ao Brasil, é que ela ficou sabendo dos dois anos que ela havia passado ao relento, sofrendo com o frio da região do Vêneto. 

Família visita o clube de lazer inusitado de Josenilda


Numa certa tarde de domingo, no clube de Josenilda, Jad levou sua filha Maria Rita, e ainda foi acompanhada com os seus irmãos Valdenes, Vitória e Josy, para tomar um banho de piscina. Todos entraram de roupa e tudo na água, como o clube permitia.

Maria Rita havia passado uns tempos em Vila Dourada, e retornara à Lagoa da Italianinha. Ela se divertia na piscina ao lado de sua mãe e seus tios. 

Maria Rita disse:

- Que massa, aqui pode entrar com roupa e tudo????

- Sim, filha! - retrucou Jad. 

- Ah, eu quero, vou entrar até de paletó. 

Josenilda não estava no clube naquela tarde, mas o clube estava aberto. Esse clube chamava atenção pelo fato de permitir que seus membros entrassem completamente vestidos na piscina. Mas apesar da característica peculiar, também autorizava o uso de trajes de banho. 

Por outro lado, eles se sentiam muito bem ali, pois aquela realidade para eles era distante até um tempo atrás: eles moravam nas ruas até 2022, quando se mudaram para Conjuntos Residenciais. Jad vive no Conjunto Residencial Luar do Sertão com Maria Rita e também com sua irmã Juju Doida, que não foi nesse dia para o clube. Josy mora com seu filho Joaquim no Conjunto Residencial Bella Ciao, e Valdenes vive com sua irmã Vitória no mesmo conjunto. Eles passaram uma tarde divertida e agradável, só voltando para suas casas perto do anoitecer. 

A Solidão de Cida

 

Nas ruas desertas de Lagoa da Italianinha, a mendiga Cida estava dentro do seu barril, se preparando para dormir. 

Ela se lembrava do seu filho Jefté, que mora na casa do deputado estadual Moab, que o adotou como filho. Mesmo separados, Jefté, vez por outra, visita sua mãe no tonel onde ela se abriga. 

Durante o dia, Cida vende cartelinhas de jogos de loteria para sobreviver, pelas ruas da cidade. Algumas vezes, quando o corpo começa a doer, ela dorme numa calçada ou do lado de fora da rodoviária da cidade - o terminal fica fechado à noite, não sendo possível ninguém entrar lá durante a madrugada. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Marcella enfrenta a gestão de Lagoa da Italianinha

 

Numa certa tarde, no movimentado Pátio Verona, no centro de Lagoa da Italianinha, uma mulher bem simples estava discursando ali chamando atenção das pessoas. Marcella, que vende comida pelas ruas e mora numa casa simples na Vila Lusitânia, havia tido suas mercadorias tomadas por fiscais da Prefeitura. 

Marcella disse:

- Até quando a Prefeitura vai impedir o povo de trabalhar? Não infrinjo leis, não faço nada errado, eu só uso uma cesta, e nem fico parada no canto, eu mesma odeio ficar num lugar só, gosto de circular, de andar. Mas os fiscais da gestão chegaram até mim, me ameaçando, me intimidando. Eu posso ser uma mulher pobre, mas não me dobro a ninguém. Não tenho sobrenomes importantes, não nasci nem cresci em família rica, mas aprendi a ser honesta, trabalhadora e de caráter. E eu quero aqui, sei que tem baba ovo da prefeita aqui me escutando, mas não é nem tanto contra ela, visse? Quero aqui falar quem realmente anda me perseguindo: Karoline, a nobre ex-vereadora que hoje é Secretária de Finanças, porque outro dia, fui vender lanches perto da joalheria dela, desde então, ela vive me perseguindo! Podem gravar, eu não tenho medo dela! 

Haviam algumas pessoas gravando seu discurso, e Karoline soube disso. Ela disse ao seu assessor:

- O que essa pobretona pé sujo tava falando de mim?

- Disse que tu persegue ela, veja o vídeo. 

Karoline viu o vídeo, e disse: 

- Isso é uma louca. 

- Quer que eu faça o que?

- Nada, deixe ela falar. As mercadorias dela já foram apreendidas, só pode ser liberada com muito dinheiro. E eu duvido que ela tenha dinheiro. 

Mas Marcella conseguiu que suas mercadorias fossem liberadas: os irmãos Eraldo, Fabíola e Luana, além de Ana Karina, Valdenes, Branquinha e a veterinária Malu fizeram uma vaquinha e conseguiram pagar para a mercadoria dela ser liberada. Até a vereadora Flávia, mesmo sendo aliada da prefeita Myllena, se uniu à causa. E a prefeita Myllena, ao saber disso, desautorizou Karoline a mexer com Marcella. 

Marcella Virgínia rejeita retorno à política

 

A ex-vice-prefeita de Lagoa da Italianinha, Marcella Virgínia, anda sendo procurada por políticos e partidos para tentar uma candidatura. Ela foi vice no primeiro mandato de Myllena, de 2021 a 2024, mas abdicou da reeleição, abrindo caminho para Giovanna Victórya lhe substituir. Ela nem sequer completou o mandato, tendo renunciado no Natal, faltando alguns dias para a posse de Giovanna. 

Marcella Virgínia foi secretária nas gestões de Sandra Valéria e Janayna, mas no apagar das luzes em 2020 mudou de lado e passou a apoiar Myllena, e logo virou vice dela. Muitos não entenderam essa mudança de lado dela na época, já que ela não tinha tido nenhum atrito com o grupo do qual fizera parte anteriormente. 

Em 2024, Virgínia surpreendeu novamente a todos, renunciando ao seu mandato de vice-prefeita, preferindo se dedicar só à iniciativa privada. Ela alega ter votado em Myllena, mas não participou ativamente da campanha.

Marcella Virgínia, apesar disso, tem ainda peso eleitoral e anda recebendo visitas de políticos dos dois lados. Alguns até a convidaram para ser candidata a deputada. Mas a sra. Virgínia está negando todos os convites. 

Circula na cidade que Marcella Virgínia está decepcionada com a política e estaria sabendo ali dentro de muitas coisas que não pode falar, e não queria tomar parte em tantas "nojeiras". Ela jamais deu entrevistas sobre sua decisão.  

Uma educação rigorosa

Nascido em 1925, quando sua mãe Mônica já tinha 45 anos, Antônio Neto cresceu na vida simples no sítio Maniçoba, no interior de Pernambuco. Ele arava as terras, e nas horas vagas estudava. Mas era alvo de uma criação bem rigorosa de sua mãe, Mônica. 

Ao contrário de sua avó Alvanir, que era mais liberal, Mônica não puxara sua mãe, e ela tinha pensamentos mais conservadores. Católica praticante, chegando a ser beata, Mônica era vista quase sempre com um terço em sua mão. 

Mônica costumava controlar Antônio Neto nas horas dele sair e de chegar. Se ele chegasse em casa mais de 15 minutos após a hora prometida, já era um motivo para ele levar uma sonora bronca. 

Outro motivo do conflito entre os dois era o fato dele andar muito descalço. Sua mãe, que vivia de sapatos até dentro de casa, vivia reclamando com o filho por ele não usar calçados. Antônio Neto, algumas vezes, quando ia para a escola, saía de sandálias pra disfarçar, mas tirava-os e colocava-os dentro da bolsa, só recolocando-os quando já estava perto de voltar pra casa. 

A amizade dele com a pequena imigrante italiana Alycia também chegou a ser motivo de conflito entre os dois. É que Alycia é filha de Jadiael, o imigrante italiano que lutava contra o coronel Jefferson, sobrinho de Mônica, por posses de terra na região. 

Durante os meses que Antônio Neto esteve na guerra, Mônica ficou triste e abatida. Ele, porém, voltou vivo e mesmo depois de casado, não saiu do lado da mãe, chegando anos mais tarde a ir morar com ela no interior do Ceará, ao lado de sua esposa Roberta e os filhos Lenildo, Lúcio e Leonardo.

Vários anos se passaram, e Antônio Neto, já idoso, conseguiu recomprar a casa onde morou na infância com sua mãe Mônica. Hoje, aos 100 anos, ele mora com sua neta Suziana na mesma casa onde cresceu ao lado de sua amada e inesquecível mãe. 


Briga de casal no escritório

 

Num certo dia, em seu escritório, a juíza Suely e seu ajudante Valdenes receberam um casal que estava discutindo bastante um com o outro. Suely disse:

- Ei, querem se portar aqui? O que está acontecendo? 

A mulher disse:

- Eu peguei esse safado me traindo!

Valdenes disse:

- Eita, agora vai ter briga aqui!

O homem disse:

- Ela é muito histérica, doida, não tem noção das coisas. 

- Seu safado, tu não vale nada. - disse a esposa. - eu quero o divórcio!

- Nunca vou te dar o divórcio! Se tu não fica comigo, não fica com mais ninguém!

Suely disse:

- Epa, moço, isso é ameaça, sabia? Tu pode ser enquadrado!

- Fica quieta, louca doente, que não estamos falando com a senhora. 

Valdenes disse:

- Ei, velhinho, vê lá como fala com a doutora Suely. 

- Uma doutora careca, olha pra isso, e ainda por cima, os dois descalços. É esse tipo de escritório que  minha mulher anda procurando? Olha, vamos pra casa agora, chegando lá a gente vai conversar!

- Vai me bater é? 

Valdenes disse:

- Oxe, e tu bate e mulher, é? 

- Isso não é da sua conta, moço, fica na tua!

- Cara que bate em mulher é um covarde, quero ver bater em macho!

O homem ia agredindo Valdenes, mas ele o derrubou no chão, de modo que Suely separou os dois. Suely disse:

- Tu vai sair daqui pra cadeia, moço!

- O que???? Mas que brincadeira é essa? 

- Tu mesmo confessou aqui que bate nela e ainda a ameaçou! 

Chegaram alguns policiais e levaram ele, e ele dizia:

- Isso não vai ficar assim. Vocês me pagam! 

A mulher estava chorando, e Valdenes pegou um copo de água. Suely disse:

- Mulher, não deixe esse homem te bater. Não deixe ele te humilhar. 

Valdenes disse:

- Eu tô vendo uma marca aqui perto da tua orelha, moça. 

- Sim, foi ele que me bateu ontem. 

- Esse canalha tem que pegar uns bons anos de cadeia. Caruaru, Limoeiro, Canhotinho, seja lá onde bixiga for. 

Suely disse:

- Valdenes, tu pode nos deixar a sós um pouco? Quero conversar a sós com ela. 

- Certo, doutora. Qualquer coisa, tô lá na escola de Eraldo. 

- Ok. 

Valdenes se retirou e Suely orientava a mulher. 

Izabel volta a Lagoa da Italianinha

 

Há poucos dias atrás, voltou para Lagoa da Italianinha a Izabel, que mora no Loteamento Maria Clara. Izabel é ligada à música, sendo uma baterista talentosa. 

Izabel é, porém, tida como exigente. Ela é uma das que anda sempre descalça, mesmo na rua. Conta-se que ela gosta de Valdenes, o ex-mendigo, mas ela não aceita que ele tome banho com roupa. Izabel é adepta do nudismo, tendo frequentado inclusive uma praia desse porte na Paraíba, a famosa Tambaba. 

Certo dia, Izabel disse ao Valdenes:

- Vamos pra Tambaba? 

- Que lugar é esse?

- Uma praia, na Paraíba. 

- Eu gosto de praia. 

Izabel disse:

- Mas lá tem que tomar banho do jeito que veio ao mundo, nem trajes de banho as pessoas usam. 

- Oxe, tô fora. 

- Mas é tão bom...

- Não, eu não gosto. Se for pra mim não ir de roupa, eu nem quero ir. 

- Puxa, não sabes o que está perdendo...

Izabel, porém, por outro lado, anda sempre descalça e quer fazer parte da Sociedade dos Pés Livres, da qual Valdenes também faz parte - essa é a única sintonia entre eles. 

Wéllia reclama dos amigos de Malu

  Numa certa manhã, na rodoviária de Lagoa da Italianinha, estavam Malu, Valdenes e Marcella, conversando, quando apareceu Wéllia, a irmã gê...