terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Jacilene e a máquina do tempo


Numa certa tarde, em Lagoa da Italianinha, os irmãos Eraldo e Fabíola e os amigos Branquinha e Valdenes encontraram uma mulher desmaiada. Era a francesa Jacilene. Pouco depois, chegaram o Joni Von e as italianas Cláudia e Érica, e conseguiram reanimar Jacilene, que acordou e disse:

- Onde estou?

- Ué, na praça principal em Lagoa da Italianinha. - disse Valdenes. 

Jacilene olhou os sete, de uma forma estranha. Fabíola disse:

- O que tu tem, moça?

- Não sei, tô vendo coisas que... eu vim de Vila Rica, e tô vendo coisas estranhas aqui. Que lugar é esse?

- Vila Rica não é a atual Ouro Preto? 

- Ouro Preto? Sei desse nome, não! - disse Jacilene. 

Valdenes disse:

- Olha, tu está em Lagoa da Italianinha, estado de Pernambuco, país Brasil. Pegou? 

Jacilene disse:

- Me perdoem, mas eu sou de Vila Rica, nasci em 1752 na França e me chamo Jacilene. 

Joni Von disse: 

- Pronto, Fabíola, outra doida feito tu que pensa que tá no passado. 

- Estamos no presente, seu maluco, no ano de 1955. 

- Nós estamos em 2025! - disse Branquinha. 

Jacilene disse:

- Parem com isso, estamos em 1795.

Cláudia disse:

- Cosa succede????

- Io non capisco niente! - disse Érica. 

Jacilene percebeu que Branquinha mexia em um celular, e disse:

- O que é isso na sua mão?

- Um celular! 

- E pra que serve esse troço? 

- Aqui faço ligações, falo com as pessoas, mando mensagens...

- Mensagens????? Onde eu moro a gente manda mensagem escrita. 

Jacilene viu ainda carros, e ficou pasma. Ela disse:

- Esses carros são tão estranhos... onde moro é tudo puxado a cavalo. 

Valdenes disse:

- Tu está falando essas coisas, tu tá parecendo a louca da Fabíola. 

- Eu quero voltar pra Vila Rica!

Pouco depois, chegou o cientista Eugênio, que ao ver Jacilene, disse:

- Finalmente, te encontrei. Vamos embora!

Cláudia disse:

- Che é questa donna? 

Eugênio disse:

- Eu inventei uma máquina do tempo, e acabei trazendo ela do século XVIII. 

- Sério???? E eu pensando que era uma doida feito Fabíola! - disse Valdenes. 

- Para de falar de mim, Valdenes. 

Érica disse:

- Mamma mia!!!! 

Eraldo disse:

- Vamos registrar esse momento, tirar uma foto. 

- O que é foto? - disse Jacilene. 

- É uma coisa muito legal! Não precisa ter medo, ok? 

Eraldo, Fabíola, Branquinha, Valdenes, Jacilene, Cláudia, Érica e Joni von posaram para foto, tirada por Eugênio. Jacilene viu a foto e disse:

- Que legal...

-Tiramos foto com a francesa do século XVIII, quem ver não vai acreditar - disse Valdenes. 

- Vamos embora, Jacilene. 

Eugênio levou Jacilene para sua casa, e colocando-a na máquina do tempo, mandou-a de volta para seu século de origem. Eraldo dizia:

- Eugênio e suas invenções malucas...

- Será que essa mulher é do século XVIII mesmo ou é uma atriz se fazendo? - disse Branquinha. 

- Quem sabe? - disse Valdenes. 

Voltando em Vila Rica em 1795, a pianista Regina, preocupada, disse para Jacilene:

- O que aconteceu, porque sumisse?

- Acredita que fui entrar dentro de uma máquina e parei em um lugar estranho, lá em Pernambuco, com carros movidos a motos, um tijolo nas mãos onde se mandava mensagens, e sete pessoas que estavam vestidas de uma forma tão estranha? Tinha uma mulher que parecia ser mais ou menos da época de hoje, mas tinham três homens com camisa e calça diferentes, um deles descalço, tinha três mulheres, uma com camisa e calça, que falava português, outra de camisa e calça que falava italiano, e outra de vestido que também falava italiano...

- Que loucura. Mulher com camisa e calça não existe, nós só usamos vestidos! 

- É verdade, Regina. Mas foi louco demais, eu não entendi foi nada. 

- Descanse, você tá cansada. 

- Vou mesmo, estou acabada. 

Jacilene foi para o seu quarto dormir, e Regina dizia:

- Jacilene anda vendo coisas...

Um comentário:

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