Numa certa tarde em 1770, em Paris, a jovem Jacilene, que tinha 18 anos, irritou seu pai a dar esmolas para um morador de rua na capital francesa. Mesmo sabendo que seu pai ficaria incomodado, ela não mediu esforços para ajudar o mendigo.
Ele lhe deu uma bronca:
- Que história é essa de dar a ele dinheiro de suas economias que eu lhe dei?
- Sim, pai, o senhor me deu, e a partir do momento que o senhor me deu, eu decido o que fazer.
- Mas dar a um mendigo?
- Ele é gente como a gente.
O pai de Jacilene disse:
- Ele nunca será gente como a gente. Somos superiores. Ele nos ajuda com os impostos que ele paga.
- Isso é injusto. Nesse país, os mais pobres pagam impostos, e os mais ricos e o clero nada.
- É o correto. Eles precisam sustentar a gente. Portanto, você não tem nada que dar dinheiro pra eles, eles é quem tem que nos sustentar.
Jacilene riu e disse:
- Vai chegar um dia, papai, o que o povo francês vai se levantar contra isso.
- Isso nunca vai acontecer. É a ordem estabelecida.
- Uma hora vai mudar, pai. E triste do país que vive uma situação assim e aceita. Será que depois da França, outros exemplos serão seguidos? Será que lá na frente, alguma outra nação também terá governos cobrando impostos, corrupção desenfreada e o povo vai ficar inerte, só curtindo festas, pão e circo como na Roma Antiga? Eu sei que a França vai se levantar contra isso, mas fico triste por outros países que poderão não seguir esse rumo.
- Pra mim chega, vamos pra casa, Jacilene!

Rebelde desde sempre 🥰
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