Era um dia quente de verão em 1937, no centro de Vila Dourada. Maria Clara, uma camponesa simples e trabalhadora, havia passado o dia inteiro trabalhando nos campos. Agora, ela estava sedenta e suja, e precisava de um banho para se refrescar.
Enquanto caminhava pelo centro da cidade, Maria Clara avistou o chafariz público. Sem hesitar, ela se aproximou do chafariz e logo foi entrando na fonte. Era a segunda vez que ela fazia isso. Ela estava descalça e de vestido velho, e entrou dessa forma na fonte.
As beatas Mônica e Lady Andreia, que estavam passando pelo local, ficaram surpresas e escandalizadas com a cena.
- Que falta de modos, -, exclamou Mônica.
-Ela não tem vergonha? -, acrescentou Lady Andreia.
O padre Francisco, que estava perto, também ficou surpreso, mas tentou manter a calma.
- Minhas filhas, não se preocupem. A pobre mulher precisa de um banho -, disse ele.
A Irmã Renata Augusta, que estava com o padre Francisco, também se aproximou do chafariz.
- Pobre mulher, ela está tão suja e cansada. Vamos ajudá-la -, disse ela, oferecendo a Maria Clara uma toalha e um sabonete.
Maria Clara, grata pela ajuda, se banhou rapidamente. Ela agradeceu às beatas e ao padre Francisco, e continuou seu caminho, sentindo-se renovada e refrescada. Mesmo descalça e de vestido molhado, parecia muito tranquila.
A cena no chafariz havia causado um pequeno alvoroço em Vila Dourada, mas no final, todos concordaram que Maria Clara havia feito o que precisava fazer para se manter limpa e saudável. E a Irmã Renata Augusta e o padre Francisco haviam demonstrado a verdadeira caridade cristã, ajudando a pobre mulher em sua necessidade.
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