Em 1900, o hospício de Fortaleza era um lugar sombrio e desolado, onde as pessoas com problemas mentais eram internadas e muitas vezes esquecidas. Armanda, uma mulher de 60 anos, estava entre elas. Ela havia sido internada há 11 anos, após uma série de eventos trágicos que haviam destruído sua vida.
Armanda sempre havia sido uma pessoa ciumenta e invejosa. Ela se sentia inferior à sua prima, Alvanir, que era mais bonita, mais rica e mais feliz. A inveja de Armanda havia crescido ao longo dos anos, até que ela não conseguia mais controlar seus sentimentos.
Em 1889, Armanda havia tentado matar Alvanir, seu marido Antônio e as filhas Lucinha, Mônica e Olívia. Ela havia sido internada no manicômio com camisa de força, onde havia passado anos em um estado de loucura e desespero.
Agora, em 1900, Armanda estava suja, descalça e descabelada. Ela ainda dizia que ia "matar Alvanir", embora não soubesse mais quem era Alvanir ou por que queria matá-la. A sua mente estava confusa e fragmentada, e ela não conseguia mais distinguir a realidade da fantasia.
Os funcionários do hospício tratavam Armanda com uma mistura de compaixão e medo. Eles sabiam que ela havia sido capaz de cometer atos terríveis no passado, e não queriam que ela lesse alguém novamente. Mas, ao mesmo tempo, eles sentiam pena dela, pois sabiam que ela estava sofrendo de uma doença mental que a havia destruído.
Armanda passava seus dias no hospício, vagueando pelos corredores e murmurando para si mesma. Ela estava perdida em um mundo de sua própria criação, e não havia esperança de que ela algum dia se recuperasse. A sua vida havia sido estragada pela inveja e pela loucura, e agora ela estava condenada a passar o resto de seus dias em um lugar sombrio e desolado.
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