- Oxe, tu tá vindo de uma peça de teatro, moça?
- Por que essa pergunta? - quis saber Mariana.
- Tu está vestida pra alguma peça de época, é isso?
Mariana disse:
- Não sei do que a senhora tá falando. Eu sou de Vila Rica, não sei como vim parar aqui!
- Vila Rica????? Bom essa cidade hoje se chama Ouro Preto. - disse Ilene.
- Nada disso, é Vila Rica! Eu estava agora com minha mãe, a Sinhá Adriana, com a escrava Gilmara me servindo...
Ilene aplaudiu, e Mariana perguntou:
- Por que a senhora tá fazendo isso?
- Porque tu é uma excelente atriz.
- Eu não sou atriz! - disse Mariana - eu quero voltar pra casa.
Mariana estava mais assustada ainda com o que via ao seu redor. Ela disse:
- Que tanta máquina é essa que anda pelas ruas? E essas pessoas com esses troços nas mãos, que não largam delas, parecem que estão hipnotizadas...
- Isso se chama celular.
- Celular????? Que raio é isso?
- Menina, tu está atordoada, por favor, qual nome de sua mãe?
- Sinhá Adriana, eu já disse. Ela mora em uma mansão em Vila Rica. Com a gente, mora uma francesa, uma tal de Jacilene, tem ainda a tia da minha mãe, dona Edlene, e a escrava Gilmara.
De repente, Mariana viu naquela hora, a vereadora Cileide, que é afrodescendente, bem vestida saindo de um carro de luxo. Mariana disse:
- Uai, essa mulher não deveria estar como escrava?
Ilene disse:
- Moça, a escravidão já acabou faz tempo.
- Não é verdade. Tem uma escrava na nossa casa, a Gilmara!
Ilene começou a ficar assustada. Pouco depois, chegou Eugênio, o cientista, e disse:
- Mariana, que bom te achar, venha, vou te levar até sua mãe!
- Jura?????
- Sim!
Eugênio levou Mariana para sua casa, com a companhia de Ilene, e logo, ele colocou Mariana na máquina do tempo, e ela sumiu. Ilene disse:
- Tu pode explicar isso, Eugênio????
- Eu a trouxe do século XVIII, do ano de 1785.
- Oxe, então era verdade. Eu pensando que ela era atriz.
- Não, esse troço funciona mesmo!
Em 1785, em Vila Rica, Mariana apareceu em casa, e Sinhá Adriana disse:
- Onde tu estava? Te procurei desesperada.
- Não sei... eu estava em uma cidade muito estranha.
- Não tá falando coisa com coisa...
Jacilene olhou e disse:
- Talvez seja a mesma experiência que eu já tive...
Nenhum comentário:
Postar um comentário