Juliana, uma mendiga de quase quarenta anos, vivia nas ruas de Lagoa da Italianinha. Seu vestido vermelho desgastado, pés descalços e cabelos emaranhados refletiam sua dura realidade. Ela pedia esmolas no ponto de ônibus, onde a antiga rodoviária era seu lar.
Numa tarde quente, Juliana entrou na lanchonete de Marlene, buscando abrigo. Deinha, a funcionária gentil, a recebeu com um sorriso.
- O que você vai querer, querida?
Juliana sentou-se, cercada pelo aroma de pão fresco e café. Seus olhos vagavam, perdidos em pensamentos. Deinha serviu-lhe um café e um pão.
- Você está bem?
Juliana suspirou, revelando uma vida marcada por desafios.
- Eu tinha sonhos, família... Mas a vida me levou aqui.
Deinha ouviu atentamente, oferecendo solidariedade. Depois de lanchar, Juliana se deitou um pouco no chão do ponto de ônibus a adormeceu.
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