Helânia foi visitar Alessandra, que havia sido internada, e recebera alta. Em dado momento, Humberto disse:
- Minha mãe tá satisfeita, viver nesse paraíso depois de viver todo aquele inferno em um campo de concentração, ela ver que o nazismo já morreu...
Alessandra disse:
- Nada disso, filho. Infelizmente, não morreu.
- Como assim, dona Alessandra? - disse Helânia.
Alessandra, deitada na cama, se levantou e se sentou na cama, e encontrou forças pra falar:
- Essas ideologias nunca morrem. Futuramente, virão pessoas que na desculpa de combater os abusos do comunismo, que são muitos, praticarão atentado contra a Democracia, desacreditando a democracia, as instituições, para tentar um regime de força ao seu bel prazer. É claro que essas pessoas dirão renegar o fascismo, mas elas terão muitas das mesmas ideias, só que camufladas, muitos deles até se dirão defensores da Democracia.
- Acho que isso é impossível, mamãe - disse Humberto. - o mundo aprendeu a lição.
- Filho, o mundo nunca aprendeu lição nenhuma. Os monstros Nero, Napoleão, Hitler, são de épocas diferentes.
- Bom, mãe, acho que as pessoas não comprarão esses discursos...
- As pessoas serão embebecidas com esses discursos, serão pessoas fragilizadas por situações de pobreza, de economia em seus países, aumento do desemprego e até contra corrupção. Infelizmente, elas serão seduzidas por tais discursos.
Helânia disse:
- Dona Alessandra, isso é muito difícil de acontecer.
- Tomara. Mas você vai viver e vai ver... Humberto, liga a TV, quero assistir um jogo do CRB.
- Sim, mãe.
Humberto disse para Helânia:
- Desde que mamãe veio pra cá, ela passou a torcer pro CRB, é o segundo time dela depois do Bayern de Munique. No futebol, são as duas paixões dela.
- Entendo.
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