segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Cássia e sua loucura nas ruas


 Depois de ter tomado banho no chafariz da praça, Cássia foi para o ponto de ônibus, antigo Terminal Rodoviário, e lá se sentou perto da lanchonete de Marlene. Vale ressaltar que ali agora era um ponto de ônibus urbano em Lagoa da Italianinha. 

Diferente das outras vezes, que sempre anda de tênis, Cássia estava descalça, e com as roupas encharcadas. Ela ficou sentada ali por muito tempo. 

Deinha, funcionária da lanchonete, disse:

- Oxe, Cássia, que houve? Estás descalça hoje?

- Sim, eu quis sair de casa sem tênis, mesmo... queria me divertir na fonte. 

Cássia ficou por ali, sentada em pensativa. Marlene chegou e disse:

- O que deu nessa maluca? Ela tá aí molhada e de pés no chão...

- Nada, tava na fonte. 

Cássia se deitou um pouco por ali, e pegou no sono. Ela ficou muito tempo dormindo. O ex-vereador Zé Bento, que foi ali comprar um café, disse:

- Coitada, que situação a dela. Meu filho, que é médico, já foi colega de turma dela. Ela está assim hoje, depois de traição de falsas amigas. 

- É... Mas ela tem família. 

- Tem, sim, mas a loucura dela é grande. 

Cássia acordou, e estava meio tonta. Ela falava algumas palavras sem nexo, e uma determinada hora, disse:

- Que pena, eu tô com vontade de cagar, queria cagar nas calças, mas se eu fizer isso, minha irmã Lúcia me mata. 

Cássia saiu dali, depois de várias horas, e voltou para casa. Depois de tomar um remédio, foi dormir. 

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