Na delegacia, o delegado Oliveira disse aos policiais Júnior e Ana Clécia:
- Vão lá no Pátio Verona, tem duas mendigas brigando. Uma galega suja e uma outra que se veste como se fosse madame.
- Devem ser a Renata e a Warlla! - disse Júnior.
Foram para lá, e viram as duas mendigas brigando, e eles saíram do carro para separar as duas. Warlla disse:
- Deixe eu matar essa fedorenta!
- Venha, que eu acabo com você primeiro!
Júnior disse:
- Chega! Posso saber o que está acontecendo?
Renata disse:
- Essa nojenta metida a madame...
- Epa, não me provoque, sua cagona! - disse Warlla.
- Chega! O que aconteceu, afinal? - disse Ana Clécia.
Renata disse:
- Ela tentou furtar uma senhora idosa, e eu evitei!
- Mentirosa! Eu vou acabar com você, sua piranha!
- Chega! - disse Júnior - Ana Clécia vai revistar as duas agora!
Ana Clécia foi revistar Renata, e sentiu um mau cheiro. Renata disse:
- Desculpe, eu fiz cocô nas calças. Se sentir cheiro de merda, já sabe.
- Credo, Renata, não pode usar o banheiro, não?
- Oxe, dá muito trabalho!
Ana Clécia revistou Renata e não achou nada. Depois, revistou Warlla, e achou um relógio. A policial disse:
- De quem é esse relógio?
- Meu. Só porque sou mendiga não posso usar, não?
- Pode, mas porque não usa no braço? - disse Júnior.
- Posso ser roubada...
Renata disse:
- Uma mendiga com medo de ser assaltada? Existe isso?
- Claro, eu sou pobre, mas sou chique. Diferente de tu, uma caga na calça, uma mija na calça, uma galega suja e fedorenta, e os pés mais sujos que envolvidos na Lava Jato!
Júnior disse:
- Já chega, parem de brigar. E vão circulando as duas! Vão circulando! Uma pro norte e outra pro sul, não quero mais briga.
Renata saiu dali, indo para as imediações da rodoviária, enquanto Warlla foi pra praça 27 de Dezembro.
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