Naquela hora, na lanchonete de Marlene, apareceu o pai dela, conhecido como Bacurau, personalidade polêmica que vive no Alto do Cruzeiro. Ele, ao ver a filha, fingiu que não a viu, e ela disse:
- Não me conhece, não? Dormiu comigo, foi?
- Nunca vou reconhecer você como filha, olha isso, você suja, fedendo a merda, não te criei pra ser assim, tu é a vergonha da família!
Marlene e sua funcionária Deinha tentavam acalmar os dois. Bacurau disse:
- Essa filha sempre nos envergonhou, sempre foi preguiçosa, nunca gostou de tomar banho, certo dia eu disse à ela, ou ela tomava banho, ou saía de casa, olha o que ela escolheu! Além de tudo, viciada, drogada, é uma vergonha pra família!
- Escolhi, sim, e vai fazer o que? Vai bater em mim como o senhor sempre fez?
Marlene disse:
- Vamos com calma, vocês estão muito alterados.
Deinha foi logo afastar Esvalda do seu pai. Bacurau disse à Marlene:
- Eu não tenho mais filha, eu não tenho uma filha porca e encardida, aquela doidas que vivem no esgoto são mais limpas que ela!
Enquanto isso, Esvalda disse pra Deinha:
- Esse homem é violento, vivia me agredindo, me batia, eu prefiro viver nas ruas do que passar por isso!
- Tenha calma, Esvalda.
Bacurau saiu dali, e se retirou, e os ânimos se acalmaram. Esvalda comprou um cigarro pra fumar, e evitou ficar perto das pessoas por conta do seu mau cheiro.
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