sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Jacilene é novamente transportada em uma máquina do tempo



Numa certa manhã, em Lagoa da Italianinha, Valdenes caminhava pelas ruas da cidade, quando levou um susto ao ver uma moça vestida como no século XVIII. Era Jacilene, tida como uma das fundadoras de Vila Dourada. Valdenes disse:

- Moça, acho que já te vi alguma vez... será que o atrapalhado do Eugênio fez besteira de novo?

- Quem é Eugênio? 

- Bom, isso não importa. De onde a senhora vem?

- Venho de Vila Rica, moço. 

- Onde fica isso? 

- Minas Gerais. 

Valdenes disse:

- A senhora deve estar falando de Ouro Preto. 

- Conheço esse lugar, não. 

Valdenes disse:

- Vamos ali na lanchonete comigo.

Jacilene acompanhou Valdenes, e Quitéria, a dona da lanchonete, estranhou a mulher. Quitéria disse:

- Oxe, Valdenes. Ela é alguma atriz que tá fazendo peça de teatro de época? 

- Desculpe, não tô entendendo nada... - disse Jacilene. 

- Não é nada, sente-se. 

Jacilene era muito observada, por causa de sua forma de se vestir. Em dado momento, Jacilene perguntou ao Valdenes:

- Moço, porque tu está descalço? 

- Eu só ando descalço, moça. Só uso sapatos só quando tomo banho. 

- Uai, que conversa é essa?

- Sim, eu tomo banho de roupa e tudo, sabe? - disse Valdenes. 

- E como tu se limpa?

- Tem um meio pra isso. 

Quitéria serviu os dois, e Jacilene disse:

- Que aparelho é esse que tô vendo tanta gente mexendo?

- Celular, smartphone... 

Jacilene olhava os carros passando e dizia:

- Essas carroças... tudo diferente. Minha nossa! 

- Isso são carros. 

Jacilene disse:

- Se eu contar para Brenda, ela não vai acreditar...

- Quem é Brenda?

- Uma grande amiga minha.

- Entendi...

- Tem cachoeira aqui????

- Tem sim porque? 

- Eu quero ir em uma cachoeira. Me leva. 

Depois do lanche, Valdenes levou Jacilene na cachoeira Sol Nascente, na saída da cidade. Valdenes pulou de roupa e tudo na água, e disse pra Jacilene:

- Entre!

- De vestido, mesmo????

- O que é que tem?

Jacilene entrou na água, com vestido e tudo, e nadaram por algumas horas. Quando já era de tarde, saíra, da cachoeira, e Valdenes levou Jacilene para a casa de Eugênio, que disse:

- Eu novamente transportei ela do século XVIII pra cá sem querer.

- Sério, ela é do século XVIII mesmo?????

- Sim, ela é, sim. Mas agora, vou levá-la de volta. 

Eugênio colocou Jacilene na máquina e ela desapareceu, indo para o ano de 1785. Ela em Vila Rica, estava surpresa com o que havia passado. Ela disse para Brenda - antepassada de Valdenes - o que aconteceu, e relatou:

- Vi um moço descalço que me ajudou, ele é meio maluquinho, disse que toma banho de roupa e calçados, mesmo andando descalço pra todo lugar. A gente até foi pra uma cachoeira. 

- Por isso, tais meio molhada, né, Jacilene? 

- Mas nem foi isso que me chamou mais atenção... era muita gente ligada em uma tela, disse que se chamava celular, uns carros diferentes, uma arquitetura diferente daqui, até a forma de se vestir era diferente de nós... tinha mulher usando calça como os homens aqui. A gente aqui se olha, mas as pessoas lá mal se olhavam umas para outras por causa desses negócios que eu disse...

- Jacilene, só tenho algo a te dizer... está muito cansada, precisa descansar...

- Tô falando sério! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agora, serão três histórias no blog

Estamos colocando em ordem e já praticamente prontos para iniciar uma nova fase neste blog. Todos aqui conhecem as histórias da série "...