quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

A Solidão de Izabel


Numa certa manhã, na escola de música de Eraldo, Izabel se sentia sozinha. Naquela hora, Eraldo havia saído para resolver um assunto no banco, e Valdenes estava ali, na sala, fazendo desenhos. Em dado momento, Izabel disse:

- Valdenes, tô triste...

- Mas por que?

- Porque estou sozinha, não tenho com quem dividir meus momentos, minhas alegrias, minhas tristezas... Chego em casa não tem ninguém me esperando...

Valdenes disse:

- Mas e aquele cara do bairro Bom Sucesso que era doido por tu? Tais sozinha porque quer...

- Nada disso... imagina que ele queria que eu usasse calçados, se eu quisesse namorar com ele. Não aceitei. Sou uma descalça, pé no chão, pé sujo convicta! 

- Tá bom... nesse ponto, eu e você somos parecidos...

Izabel disse:

- Imagina se a gente se unisse, um casal descalço...

- Vamos com calma...

Eraldo chegou do banco, e ao ver Izabel na sala de Valdenes, disse:

- Izabel, não mandei você ficar lá fora na recepção?

- Eita, desculpe... eu precisei só vir aqui...

- Izabel, a Josy não pôde vir hoje, porque o filho dela, Joaquim, tá doente. Cabe a você hoje ficar na recepção, imagina se entrasse alguém e cometesse assalto. 

- Desculpa, seu Eraldo. Licença!

Izabel foi para a recepção, e Valdenes continuou fazendo desenhos. Eraldo foi para sua sala. 

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