Durante o período da Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, a pintora alemã Inalda produziu e pintou o maior número de quadros. Em muitas de suas telas, retratava a tristeza pelo conflito, por vítimas inocentes e pela ascensão de regimes totalitários. E as críticas dela não se limitavam apenas ao regime totalitário de seu país, mas ao facismo italiano e ao comunismo soviético.
Morando no interior de Pernambuco desde 1915, Inalda, mesmo angustiada, conseguiu ficar longe dos terrores do que poderia lhe acontecer, pois além de tudo era judia e sabia das perseguições que o regime de seu país fazia contra os judeus. Sua prima Danielly quase foi vítima dessa perseguição, tendo inclusive uma loja sua atacada na Noite dos Cristais. Danielly queria ficar na Alemanha, mas ela só resistiu até o começo da guerra, e acabou indo para o Brasil, a convite de Inalda.
Depois da guerra, Inalda realizou uma exposição de seus quadros sobre o tema em uma galeria na cidade de Vila Dourada, o que chamou muita atenção pelos horrores retratados. Danielly havia lhe relatado tudo que havia visto na Alemanha antes de se aventurar para o Brasil. Mas o que nem Inalda e nem Danielly imaginava seria revelado no Julgamento de Nuremberg, em 1946. Elas choraram horrorizadas com os crimes que o ditador da nação delas havia cometido. Quem acabou contando a elas foi Ed, o dono da venda, que ouviu tudo pelo rádio. Valendo ressaltar que Inalda e Danielly tinham tido seu rádio confiscado por serem alemãs.
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