Sua mãe Mônica estava preocupada com o estado do seu filho. Ele tinha pesadelos com bombas e canhões, além de ser visto falando sozinho como se estivesse brigando. Ele ainda cultivava a terra, sem camisa e descalço, e mesmo ali tinha alucinações.
Mesmo depois que se casou com a italiana Roberta, não melhorou. E até tratava com uma certa frieza a italianinha Alycia, sua amiga de infância. Pesou ainda contra ele o ódio de dona Joana Villegagnon, que o responsabilizava pela morte de seu filho Arnaldo Villegagnon, que também foi pra guerra e morreu nos braços de Antônio Neto durante a tomada de Monte Castelo. Joana era a matriarca de uma tradicional família de Vila Dourada, a quem Lagoa da Italianinha pertencia, no agreste de Pernambuco.
Hoje, Antônio Neto tem 98 anos, mora com a neta Suziana na mesma casa onde cresceu. Melhorou um pouco do seu estado de depressão, mas não superou completamente os meses terríveis da guerra. Ele tinha tido todo esse estado psíquico reverso por não acreditar até onde o ser humano poderia ir com suas maldades para com o próximo...
Valdenes arrasa com as duas histórias. Katia Rodrigues. Bjos
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