Apesar de ser no geral uma pessoa muito calma, Tia Sandra, no período que esteve no manicômio, entre 1939 e 1946, no norte da Itália, andava muito nervosa por conta da Segunda Guerra Mundial. Não foram poucas vezes que Tia Sandra, que embora adulta, tinha mente de criança e não largava de sua boneca de pano, se assustou com as bombas que caíam nas proximidades.
Outrossim, Tia Sandra, nessas ocasiões, era enrolada com uma camisa-de-força, já que ela quebrava algumas coisas quando ficava nervosa, embora não oferecesse perigo para outras pessoas. Nesse período, a família - que a considerava um estorvo - pouco visitou ela. A única parente que se preocupava com ela era sua sobrinha Lanie, mas ela estava morando no Brasil desde 1935.
Enquanto Tia Sandra usava camisa-de-força, ela levava injeção e era colocada na cama, onde começava a se acalmar. Mesmo no manicômio, passava o tempo todo de vestido branco e descalça.
Depois do final da guerra, Tia Sandra foi levada para o Brasil por Lanie, e ela nunca mais teve crises como as que passou no manicômio.
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