Atualmente prestes a completar 93 anos, Alycia vive em Verona, exatamente a cidade onde passou os primeiros anos de sua infância. Quando tinha apenas 5 anos, seu pai Jadiael, um socialista convicto, lutava contra o regime de Mussolini, e acabaram sendo atacados.
Alycia, ainda pequena, acompanhou seus pais Jadiael e Lanie, e seu irmão Arthur que era recém nascido, rumo a Nápoles, de onde pegaram um navio rumo ao Brasil, aportando em Recife. Se instalaram no interior de Pernambuco, na atual cidade de Lagoa da Italianinha. Aliás, o termo "Italianinha" se refere a própria Alycia, pois ela tinha esse apelido e adorava nadar em uma lagoa que já não existe mais.
Já com mais de 70 anos, Alycia decidiu retornar a Itália. Morou algum tempo em Tirano com o marido. Anos mais tarde, decidiu voltar pra sua cidade natal. Atualmente, vive com sua bisneta Nicolly Hanna.
Perto dela, moram dois vizinhos, o Luciano e a Bella, que costumam ajudá-la com frequência. Apesar da idade avançada, Alycia ainda demonstra força, saúde e vitalidade de dar inveja a muitos jovens. O peso da idade apenas lhe rendeu uma única limitação: precisar de bengala para se locomover.
Alycia ainda passou pelo período da pandemia estando trancada em sua casa durante dois longos anos. Depois de sua última saída em 2020 - antes da pandemia estourar no país - ela ficou em quarentena e só voltou a pisar fora de casa já em 2022. Temia-se pelo pior devido a sua idade avançada. Mas passou ilesa por esse período difícil. E ainda está disposta a viver mais ainda. Para se ter uma ideia, sua filha Aurora, que já é idosa e vive em Siena, tem mais problema de saúde que sua mãe, tendo ela mesma ficado um tempo doente na pandemia.
Alycia, ainda lúcida, toca piano e canta ainda com maestria. Alguns de seus netos vivem em Lagoa da Italianinha, no interior de Pernambuco, onde ela cresceu.
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