Quando Armanda chegou em Fortaleza em 1865, foi recebida por seu tio, o barão, o pai das irmãs Aline, Alvanir e Aurineide. Armanda disse:- Eu espero ser tratada aqui como rainha!
- Claro que vai, minha sobrinha querida! - respondeu o barão.
Armanda jogou as malas do lado, e disse para as escravas Socorro e Adriállina:
- Bora, negrinhas, levem as malas pro meu quarto!
Alvanir disse:
- Não é assim que se fala com elas, Armanda.
- Oxe, e como eu falo com objetos, hã? Elas são escravas, não tem vida, são objetos a nosso serviço!
Denise, a irmã mais velha de Armanda, também não gostou da forma que ela tratou as escravas, que ficaram revoltadas. Adriállina disse:
- Não levaremos, senhora!
- Oxe, olha pra isso. Quer me desafiar, é?
Alvanir disse:
- É melhor levar...
- É melhor mesmo, porque se não levar, eu mando as duas para o tronco! Eu tenho moral aqui!
Socorro disse:
- Só vou levar porque Sinhá Alvanir pediu...
Denise disse:
- Armanda, porque tu trata elas assim?
- Ai, não enche, também. Eu tô cansada! Esperar essas duas negras pé sujo colocar minhas malas no meu quarto e eu vou tomar um banho e dormir... estou exausta.
Armanda subiu para o seu quarto, sob os olhares da irmã Denise e das primas Aline, Alvanir e Aurineide.
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