Na vida simples do interior de Pernambuco na década de 30, o jovem Antônio Neto, que vivia no sítio Maniçoba, jamais imaginava um dia viajar para um outro país ainda mais da forma que tudo aconteceu.
Antônio Neto cresceu sendo criado com rigor pela sua mãe Mônica, a beata rigorosa. Na maioria do tempo, vivia sem camisa e descalço, sendo alvo de broncas de sua mãe por isso. Na ocasião, ainda fez amizade com a imigrante italiana Alycia, o que desgostou sua mãe.
Em 1939, começou a Segunda Guerra Mundial, e Antônio Neto pouco conhecia essa realidade. Em 1942, o Brasil entrou na guerra contra Itália, Alemanha e Japão, mas em 1944, veio o choque na vida do jovem: ele foi convocado para a Força Expedicionária Brasileira.
Sua mãe, claro, ficou inconformada. Mas para não ser acusado de desertor, teve que partir. Acostumado a usar apenas uma calça e andar sem camisa, tinha que agora usar uma farda pesada. Acostumado a ficar de pés descalços, ele agora teria que usar botas pesadas. Acostumado a usar a enxada, teria que mexer em metralhadoras, bombas, canhões e rifles.
Mônica temia pela vida do filho, que foi lutar nos campos da Toscana, participando da batalha de Monte Castelo. Voltou com vida para o Brasil. Mas isso tudo lhe rendeu um amor: Antônio Neto se casou com uma italiana que conheceu durante a guerra. Dessa união nasceram dois filhos: o mais velho foi pai da atual vereadora Kátia e da Suziane, enquanto o mais novo foi pai de Jad, Guilherme, Valdenes, Vitória e Juju Doida.
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