Completando 61 anos de emancipação política, Lagoa da Italianinha, encravada em pleno agreste de Pernambuco, caracterizada por ter sido fundada por italianos e ter presenças alemã, portuguesa e sueca, ganhou ares de uma cidade um tanto excêntrica, com a presença de uns grupos que adotam hábitos diferentes a maioria inclusive de seus próprios habitantes.
Foi aberto recentemente pela Josenilda um clube de lazer, onde se é permitido se banhar com roupa e tudo, algo que não somente ela, como alguns da cidade fazem: as irmãs Josiane e Danúzia, Valdenes, Wêdja, Josy, Marlene, Valéria, Samuel, Andy, Cássia, entre outros. O clube ganhou uma adesão de sócios, até mesmo de bairros carentes, como a Santa, que vive no Alto do Cruzeiro.
Há também uma intenção de se reunir um grupo de mulheres que são carecas por opção, ideia essa que partiu de Sara, vereadora eleita. Ela e sua mãe, a juíza Suely, são carecas por escolha, e inspiradas nelas, algumas outras mulheres renunciaram aos cabelos, como por exemplo, a atual vereadora Maria Isabel, a Monalisa e a ex-candidata a prefeita Mimi.
Mas o maior grupo na cidade é o de "descalços", aqueles que não usam calçados nem mesmo quando vão trabalhar. A prefeita Myllena, a bióloga Kinha, a vereadora Vanessa e a Gilvânia, por exemplo, têm esse hábito e não possuem um par de calçados sequer. Há aqueles que andam descalços frequentemente, a maioria do tempo, até na rua e no trabalho, mas não sempre, como Valdenes e a Ana Karina, por exemplo. Foi até criada uma sociedade para eles, chamada de Sociedade dos Pés Livres, que por questões políticas, ganhou uma dissidência, fundada por Vanessa, chamada de Sociedade dos Penudos - o nome vindo de "pé nu".
Lá em Vila Dourada, cidade vizinha e meio rival, se comenta que "Lagoa da Italianinha é a cidade dos malucos", sendo considerada a "capital dos excêntricos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário