Numa certa noite, a jovem Sara ainda não havia fechado sua loja de roupas. Ela, que foi eleita vereadora, anda procurando uma pessoa para ser gerente em sua loja, tanto em Lagoa da Italianinha como no Rio de Janeiro. Ela estava sozinha, quando um homem, que era o dono da loja vizinha entrou, dizendo:
- Dona Sara Jéssica, com licença.
- Pois não?
O homem disse:
- Olhe, tome cuidado, porque tem duas mulheres ali sentadas na outra calçada, e eu percebi que elas estão olhando muito pra sua loja. Uma está vestida como madame, a outra parece uma gótica, mas elas vivem nas ruas, elas são conhecidas.
- Pode deixar, não se preocupe.
Enquanto isso, elas olhavam a loja de Sara. A mendiga "chique" Warlla e a mendiga gótica Lua estavam planejando algo. Warlla disse:
- Essa loja dessa carecona tá pra nós, viu?
- Também, uma mulher careca... será que ela tá doente?
- Não, eu a conheço. Ela é careca por que quer, Lua. Vontade dela.
- Então, deve estar doente, sim, de loucura.
De repente, elas perceberam que Sara vinha em direção delas, e Warlla disse:
- Disfarça, disfarça...
Sara disse:
- Posso ajudar as senhoras em alguma coisa?
- Nada, a gente só está passando por aqui... - disse Warlla.
- Olha, me avisaram que vocês duas estão olhando muito para minha loja. Por que?
Lua disse:
- Oxe, dona, as roupas são bonitas, só isso.
- Sei... olhem, eu recomendo que tomem cuidado se for assaltar, sabe como é... tem câmeras de segurança, e sou vereadora eleita e filha de juíza, sabe? Quem fizer o mal pra mim pode pagar um preço muito caro.
Warlla disse:
- Que é isso, dona? Não passou pela nossa cabeça assaltar ninguém. Vamos embora, Lua. E quer um conselho, dona? Deixa teu cabelo crescer, tá esquisita assim careca... a Lua pensou até que tu tava doente.
- Se eu sou careca ou não, isso não é assunto de vocês. Vão circulando as duas!
Lua disse:
- Vixe, ela tem linguagem de poliça, vamo embora, Warlla.
- Vamos, sim.
As duas mendigas se afastaram, e Sara, perto do seu vizinho de loja, fechou as portas do seu estabelecimento.
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