Além de Gustavo, a filha de Jorge Villegagnon e Joana Villegagnon que encerrou seus dias solteira foi Beatriz. Segunda filha do casal - só era mais nova que Arnaldo -, nascida em 1892, Beatriz cresceu muito cuidada pela mãe, de modo que passou a amar muito a sua genitora. O motivo era que Joana queria muito uma filha, mas havia nascido um filho. Beatriz se tornou especial para ela por ela ter sido a primeira filha mulher. Depois, nasceriam Carlos, Dalva, Estêvão, Francielly e Gustavo, além de adotarem Helena.
Mesmo sendo muito bela e desejada por homens importantes em Vila Dourada, Beatriz nunca quis sair do lado da mãe. Muitas vezes, ela não deixava a empregada Edvânia cuidar de sua mãe, sendo ela mesma quem fazia isso. Joana, muitas vezes, achava sua filha muito exagerada. Joana disse:
- Eu fico feliz por me amar, mas você exagera, filha... precisa cuidar de você, também...
- Mãe, a senhora é tudo pra mim, jamais vou te abandonar.
Quando estourou o escândalo contra Francielly, Beatriz foi uma das que foi contra a irmã - que se envolvera com o motorista -, porque viu que sua mãe ficou muito triste com o episódio. Apesar disso, Beatriz não odiava sua irmã mais nova.
Quando Joana já era viúva, foi morar no Piauí, e Beatriz a acompanhou, sendo a única a ficar do lado da mãe até morrer. Nessa ocasião, Joana já era viúva e havia perdido dois filhos - Arnaldo e Francielly, ambos mortos de forma trágica, sendo Arnaldo morto na guerra e Francielly em uma queda de cavalo dez anos antes -.
Em 1950, Joana já tinha 80 anos e estava muito doente. Sua filha, Beatriz, embora tivesse apenas 58, já aparentava ter passado dos 70. Joana queria que a filha tivesse arrumado uma marido, pois temia que sua filha ficasse só. Mas Beatriz não quis.
Joana morreu nesse mesmo ano, e Beatriz não viveu muito depois disso, falecendo em 1952, com 60 anos, também no Piauí, onde continuou morando depois da morte da mãe.
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