Numa certa manhã, no bairro da Esperança, na nova rodoviária de Lagoa da Italianinha, Katariny estava lá, com seu violão. Ela estava sentada, e tocava e cantava.
Pouco depois, os amigos Eraldo e Valdenes passaram por ali. Valdenes se aproximou de Katariny e disse:
- Oxe, Kátia. Tu resolvesse andar descalça feito eu? E desde quando tu sabe tocar violão?
Katariny disse:
- Eu não sou Kátia. Eu sou Katariny, sou irmã gêmea dela.
- Sério?????? Kátia me disse que tinha uma irmã com esse nome, mas ela nunca disse que era gêmea.
- Pois é. Mas só nos parecemos no rosto mesmo.
Eraldo disse:
- Eu estranhei, porque Kátia não gosta de andar descalça.
- Ela é muito fresca, nem em casa ela larga de usar calçado. Eu mesma não uso um chinelo sequer. Além do mais, eu odeio política. Já ela gosta de viver nesse meio.
Valdenes disse:
- Bom, talvez a senhora não me conheça, mas eu sou seu primo. Me chamo Valdenes, eu também sou neto de Antônio Neto, seu avô. Eu morei nas ruas muitos anos, mas me mudei para uns prédios. E eu descobri depois meu parentesco com Kátia.
- Ah... gostei de tu, tu anda descalço feito eu. Aí tá certo!!!!
Eraldo disse:
- A gente veio aqui lanchar, quer lanchar conosco?
- Aceito!!!!
Eraldo, Valdenes e Katariny foram lanchar juntos. Pouco depois, ela ficou lá, cantando e tocando violão, e Eraldo e Valdenes foram embora. Eraldo disse:
- Eu achei ela meio doida, sei lá... ela parece muito rebelde.
- Talvez, né?
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