Todos os Dias de Finados, desde 2018, quando ela morreu, o jardineiro Esdras e sua filha Hadassa levam flores ao túmulo de Emma. Eles entram em um cemitério lotado, que visitam vários túmulos de personalidades, entre eles, a feminista Lídia e a cantora portuguesa Mary Dee, que morreram nos anos 70, e a Francielly Villegagnon, falecida na década de 30.
Esdras colocou flores no túmulo de Emma, e ele disse:
- Eu ainda espero que se faça justiça por quem te matou naquele acidente provocado.
Hadassa chorou diante do túmulo da mãe, e dizia:
- Mamãe, não fica com raiva se papai namorar e casar com Greta...
Esdras abraçou a Hadassa, e disse:
- Não ficará com raiva, tenho certeza que ela estará muito feliz.
De repente, naquele momento, chegaram Ademar e Alaíde, vindos de Vila Dourada, e passavam pelo túmulo de Emma. Esdras olhava de longe e dizia:
- Mas esse senhor ainda tem a cara de pau de passar aqui? Depois de ter mandado matar a própria filha?
Ademar escutou de longe e disse:
- Não, senhor, não mandei matar a Emma, ela era minha filha. Foi um acidente. Tanto sou inocente que estou livre.
- O senhor está livre por que nesse país a Justiça falha muito!
Ademar olhou Hadassa, que o observava de cara fechada. Ademar disse:
- Hadassa cresceu...
- Sua neta. Que o senhor se negou a reconhecer naquela fatídica tarde que Emma foi pedir ao senhor para reconhecê-la.
- Olha, vamos parar com isso, rapaz.
Depois, naquela hora, chegaram Amália, a mãe de Emma, com seu marido, Humberto, que vieram de Maceió. Ademar e Alaíde saíram imediatamente. Amália disse ao Humberto:
- Ademar é muito cara de pau...
Amália foi prestar homenagens no túmulo da filha. Esdras e Hadassa voltaram para casa.
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