Na época do Império, em Fortaleza, a jovem Sophia, controlada pela sua mãe, Tereza, vivia em profunda depressão. Desde o trágico acidente de cavalo que matou seu namorado Michael em 1862, Sophia não conseguia mais sorrir.
O ano era 1870; Raul, o pai de Sophia, disse para Tereza:
- Mulher, a Sophia anda triste esses anos todos desde que aquele rapaz morreu.
- Isso é pura frescura dela, Raul.
- Não acho, não. Você às vezes parece insensível demais.
- Não sou insensível, é só a verdade.
Mauro, o irmão mais velho de Sophia, também tentava ajudá-la, mas não obtinha sucesso. Nem mesmo o fato dela ser rica, ter tanto dinheiro, a fazia feliz.
Sophia recebia poucas visitas, sendo apenas Alvanir, sua amiga, quem a visitava. Alvanir dizia:
- Sophia, acho que você precisa levantar a cabeça, viver.
- Eu não sirvo pra mais nada.
- Não diga isso. Você é tão jovem e linda.
Sophia disse:
- Minha presença nesse mundo não é necessária, Alvanir.
- Tu me deixa triste dizendo assim. Eu te amo, sou sua amiga de verdade.
Sophia e Alvanir se abraçaram. Tereza nunca levou a sério a depressão de Sophia, até 1875, quando Sophia se suicidou se afogando no mar.
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