Num certo domingo de manhã, Paulo foi com sua avó Leda para a igreja matriz da cidade, onde assistiu à missa. Lucas, o tio dele e filho de Leda, não foi por estar trabalhando. Ali, estavam Selma, a outra beata, com sua filha Wéllia e sua neta Alice, a filha de Wéllia.
Em dado momento, Leda e Selma foram conversar, e Leda disse:
- Selma, esse aqui é meu neto Paulo, ele veio lá do Sítio Cafundó do Judas, e veio morar comigo.
- Que rapaz bonito, muito prazer - disse Selma.
Paulo não parava de olhar para Alice. Em dado momento, Wéllia disse:
- Não vai falar comigo?
- Desculpe. Não falo com pessoas más.
Wéllia ficou assustada, e disse:
- Mas que insolente, como tu pode dizer isso de mim?
- Desculpe, senhora, mas eu vejo que a senhora tem muita maldade, e muita perversidade no coração, não consigo enxergar um coração na senhora, eu enxergo uma pedra.
Leda censurou Paulo:
- Mas que conversa é essa, menino? Para com isso.
- Desculpa, vovó.
Paulo se afastou, e Leda disse:
- Não liguem pra ele, ele é abilolado, tem uns parafusos soltos.
- Isso é um insolente, isso sim. - disse Wéllia.
Alice ficou pensativa, pois sabia que era verdade que sua mãe tinha um péssimo caráter. Sem Leda, Selma e Wéllia notarem, Alice foi ao encontro dele, e disse:
- Moço, tu falasse tudo aquilo da minha mãe e...
- Desculpe, é que quando encontro uma pessoa má, eu começo a passar mal. Não queria te ofender, sei que você não é feito ela.
- Por favor, não peça desculpas. Infelizmente, ela é assim, mesmo. Olha, vou sair, porque ela pode não gostar de me ver conversando com você.
- Tudo bem.
Alice deu um sorriso, e entrou novamente na igreja. Quando a missa terminou, cada um foi para sua casa. E Leda disse para Paulo:
- Quando chegarmos em casa, temos muito pra conversar, mocinho!
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