Entre muitos que viviam na Alemanha nos anos 30 e 40, o casal Hanna e Conrad era bastante querido nas imediações de Berlim. Comerciantes, Alessandra costumava comprar deles. Mas a paz deles estava ameaçada, pois Hanna era judia, enquanto Conrad era protestante alemão. Ela, prevendo dias difíceis, disse ao marido:
- Tu não quer se separar de mim? Eu vou ser perseguida, eu sou judia...
- Não, eu te amo muito. Nem que eu tenha que me esconder!
Quando a ditadura começou em 1933, Hanna e Conrad eram vigiados, mas ainda levavam uma vida normal, até pela origem de Conrad. Mas veio a Noite dos Cristais em 1938, e a loja deles foi atingida. Em 1939, souberam que Alessandra foi presa na Polônia e levada a um campo de concentração. Para evitar que sua amada tivesse o mesmo destino, Conrad disse:
- Se tu quiser sair da Alemanha, eu te ajudo!
- Não quero sair.
- Então, veja bem, vou te esconder no sótão da nossa casa. Mas tu não poderá sair de lá para nada.
- Eu aceito esse sacrifício...
Hanna passou a viver em um sótão. Não deu dois dias, apareceram oficiais, e disseram ao Conrad:
- Fomos informados que o senhor tem uma esposa que é judia!
- Sim, mas ela não está aqui.
- Tem certeza?
Os oficiais foram procurar, mas passaram por cima do sótão subterrâneo e não viram. Eles disseram ao Conrad:
- Vamos ficar de vigilância.
- Mas o que tem a ver? Eu sou alemão.
- Mas sua mulher é judia! Devia procurar uma mulher alemã!
- Ora, ela é alemã também.
- Mas é uma traidora da nossa pátria. Por ser judia. Com licença!
Os oficiais saíram da casa e iniciou um período difícil, onde Conrad teve que manter sua esposa escondida no sótão.
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