Em Vila Rica, no fim do século XVIII, dois estrangeiros vindos de países que passavam por profundas mudanças vieram morar no local e testemunharam fatos históricos que ocorriam no local. Ambos possuíam ideias contra o absolutismo e a monarquia.
A francesa Jacilene veio da França, agitada ás vésperas de uma Revolução. O ano era 1782 quando a francesa desembarcou na cidade mineira, ficando na casa da Sinhá Adriana. Jacilene saiu da França muito antes da revolução, que só viria a ocorrer sete anos depois, mas deixou para trás um povo insatisfeito com um reinado absolutista, que oprimia o chamado Terceiro Estado - o povo em geral.
Dois anos depois, em 1784, era a vez de um originário de uma nação recém-nascida chegar em Vila Rica; ao contrário da francesa, o americano Wrialle não só testemunhou a independência dos Estados Unidos, ocorrida oito anos antes, como também lutou contra os ingleses na Revolução Americana, encerrada em 1783.
Os dois estrangeiros vinham fortalecer as ideias de liberdade, que incomodava muito pessoas ligadas às elites coloniais, em especial a Sinhá Adriana.
Testemunharam por aqui tanto a Inconfidência Mineira como também a Independência do Brasil, ocorrida quando os dois já eram idosos - Jacilene tinha 70 anos, e Wrialle tinha 68 anos. Nessa ocasião, em 1822, Jacilene, já um tanto doente, morava em Pernambuco - depois que se casou com um pernambucano -, no mesmo lugar que floresceria a futura cidade de Vila Dourada.
Já Wrialle ainda morava em Vila Rica, sendo que em 1824, voltou a morar nos Estados Unidos.
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