terça-feira, 18 de junho de 2024

Uma vida dedicada a inveja


 Morando na casa de seus tios em Fortaleza na época do Brasil Império, Armanda jamais foi conformada com o brilho que sua prima Alvanir teve. Até o pequeno Daniel percebia e se sentia mal com os olhares de inveja de Armanda.

Denise e Armanda, duas irmãs, eram sobrinhas do barão Almir, sendo filhas do irmão mais velho do barão. Almir, casado com Delma, tinha quatro filhos: Aline, Alvanir, Aurineide e o pequeno Daniel. Mas Armanda odiava especialmente Alvanir, a quem se dedicava dia e noite a fazer o mal. 

Por várias vezes, Armanda tentou colocar seu tio contra Alvanir, inclusive se aproveitando do fato de Alvanir ser abolicionista. Mas o que Armanda não contava é que Almir também apoiava a abolição, mas de forma gradual. 

Apesar de ser muito bonita e atraente, Armanda não conseguiu se casar. Ocupada com o sentimento de inveja com relação a sua prima prodígio, pouco se interessou em ter relacionamento. Não tentou nem mesmo tomar Antônio de Alvanir, pelo simples fato de Antônio ser um ex escravo. Mas em 1889, Armanda chegou ao extremo de invadir a casa de Antônio e Alvanir, e ameaçar as três filhas Lucinha, Mônica e Olívia. Armanda foi contida, presa, e foi levada para um hospício, de onde ainda tentou fugir, mas foi pega e de lá não saiu mais. 

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