No Terminal Rodoviário de Lagoa da Italianinha, os moradores de rua haviam feito dali uma espécie de "abrigo". As pessoas que transitavam por ali se incomodavam com a presença deles.
Estavam ali os mendigos Patrícia, Andreza, Guilherme, Renata, Gilson, Juliana, Fábia, Deza, a careca Suzy, Maria e as irmãs Hyasmin e Gabriella.
Deza, em dado momento, disse para Andreza:
- Fiquei sabendo que tu tá sem tomar banho há dias. Continue assim feito eu. Eu me banhei naquele dia mas não quis mais repetir a dose.
Patrícia disse:
- Isso é o que tu ensina pra ela, Deza?
- Não te mete, a conversa não é com você.
Fábia, que estava de chupeta, sentada e pensativa, era alvo de gozações. Juliana disse:
- Não acha que tá velha demais pra usar chupeta, Fábia?
- Eu sou uma eterna criança...
Daquele meio, apenas Renata, Guilherme, Andreza e Gilson ousavam pedir esmolas.
Pouco depois, Suzy, Maria, Hyasmin e Gabriella trouxeram alguns lanches e dividiram entre eles.
Na lanchonete, Marlene disse para suas funcionárias Santa e Deinha:
- Hoje aqui tá infestado de gente de rua. Misericórdia.
- Coitados não tem casa, vivem assim... - disse Santa.
- Não tem porque não querem. Quando a prefeita ofereceu um prédio pra eles morarem, eles se recusaram. Alguns foram mas eles quiseram ficar nas ruas. São problemáticos.
- Eles tiveram as razões deles... - disse Deinha.
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