Antes de passar os piores anos de sua vida confinada em um campo de concentração, a jovem Alessandra vivia uma vida normal e bastante ativa.
Nascera em 1897, em Wittenberg, de família miscigenada, sendo o pai alemão nato e a mãe uma imigrante vinda da Índia. Criou se lado a lado com a Inalda e a Danielly, de quem era vizinha.
Inalda, que era filha única, tratava Alessandra como uma "irmã". Mas os anos de infância logo ficaram para trás, e quando a Alemanha se envolveu na Primeira Guerra Mundial, Inalda foi para o Brasil em 1915.
Alessandra ficou em Wittenberg ainda um tempo, e Danielly já morava em Berlim. Só muito tempo depois, Alessandra foi também morar em Berlim. Tornou-se professora, e na onda comunista que invadia o mundo após a Revolução Russa, tornou-se defensora de ideias de esquerda.
Na década de 20, Alessandra já ouvia falar do Hitler, que ela temia que ele viesse a chegar ao poder. Mesmo com a Alemanha no caos, ela levou uma vida normal, até 1933, quando começou a ditadura na Alemanha. Ela passou a ser perseguida, se escondendo frequentemente, alternando entre Hamburgo e Munique. Em 1938, fugiu para a Polônia, mas teve a infelicidade de em 1939 ver a Polônia invadida pela Alemanha, o que provocou o início da guerra. Alessandra foi capturada e levada a um campo, onde ficou até o fim da guerra, passando os piores anos de sua vida.
Após o fim da guerra, Alessandra, bastante magra e pálida, tenta refazer sua vida, e foi morar no Brasil.
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